segunda-feira, 20 de abril de 2015
As 7 Cartas do Apocalipse
No 1º Encontro do mês de Abril retomando os estudos do Livro de Apocalipse falamos sobre as 7 Cartas às 7 Igrejas da Ásia...
Cartas às Sete Igrejas da Ásia
Jesus incumbiu João de enviar o livro de Apocalipse a sete igrejas. Nos
capítulos 2 e 3, o Senhor deu mensagens especiais a cada uma dessas igrejas.
Cada carta segue quase o mesmo modelo: ì uma comunicação ao anjo que
representava a igreja; í uma frase descrevendo Jesus; î um comentário das boas
coisas feitas pela igreja (em um caso nada de bom é mencionado S veja 3:14-22);
ï uma repreensão pelas más coisas que Jesus observava (em duas cartas nada de
mau é mencionado S veja 2:8-11 e 3:7-13); ð encorajamento para corrigir o erro
(exceto para as igrejas em que nada de mau tinha sido notado): ñ uma exortação
a ouvir; ò uma promessa àquelas que triunfassem (em alguns casos a ordem destas
últimas duas é invertida).
Lições:
Éfeso; uma igreja doutrinariamente sólida e ativa, ainda que seu amor
tivesse ficado frio. É perigoso permitir que nosso serviço a Deus se torne
mecânico e ritual; o primeiro mandamento é amar a Deus com todo o coração.
Quando uma igreja deixa de amar a Deus ela prejudica sua relação com ele.
Esmirna: esses irmãos estavam sofrendo perseguição e dificuldades
econômicas, mas Deus estava orgulhoso deles. O mito que a fidelidade a Deus
sempre traz prosperidade e termina o sofrimento é falso.
Pérgamo: esse grupo permanecia fiel mesmo quando um membro foi martirizado,
mas tinha um grande problema: tolerava o ensino de falsas doutrinas que
encorajavam idolatria e imoralidade. O Senhor ameaçou fazer guerra contra ele.
Tiatira: essa congregação estava procedendo bem de todos os modos (2:19), mas foi criticada pelo Senhor porque aceitava uma mulher "que a si mesma se declara profetisa" que promovia pecado sexual. As igrejas têm que rejeitar os membros que encorajam o pecado (Tito 3:10-11).
Tiatira: essa congregação estava procedendo bem de todos os modos (2:19), mas foi criticada pelo Senhor porque aceitava uma mulher "que a si mesma se declara profetisa" que promovia pecado sexual. As igrejas têm que rejeitar os membros que encorajam o pecado (Tito 3:10-11).
Sardes: essa igreja tinha grande reputação, mas a realidade desmentia o
nome. Não podemos descansar sobre nosso passado. As igrejas vivem por causa de
seu atual serviço a Deus.
Filadélfia: as duas igrejas que não foram criticadas (Esmirna e Filadélfia)
eram as igrejas que sofriam maior perseguição. O Senhor reassegurou-as de que
era ele quem tinha a chave, e que quando ele abrisse a porta para elas, ninguém
seria capaz de fechá-la.
Laodicéia: Se autoconfiança fosse o padrão, essa igreja seria proeminente.
Sua autoconfiança era imensa, mas sua falta de fervor tinha deixado o Senhor do
lado de fora, batendo na porta para entrar em sua própria igreja. Arrogância e
prosperidade material freqüentemente produzem cristãos complacentes.
sexta-feira, 17 de abril de 2015
sábado, 11 de abril de 2015
Ano da Misericórdia
Um dos motivos: para que a Igreja cumpra a missão dada a ela por Jesus: ser sinal e instrumento da misericórdia do Pai a todos os homens e mulheres
O Papa Francisco presidiu, neste sábado, 11, à cerimônia solene para publicação da Bula de convocação do Jubileu da Misericórdia. Na homilia proferida durante a oração das Vésperas da Festa da Misericórdia, logo após a leitura da Bula, o Papa Francisco explicou por que decidiu proclamar o Ano da Misericórdia.
Segundo ele, porque a Igreja é chamada neste tempo de grandes mudanças a oferecer com mais vigor os sinais da presença de Deus. “Este não é um tempo para distrações, mas para que permaneçamos vigilantes e despertemos em nós a capacidade de fixarmos o essencial”, disse.
Outro motivo é para que a Igreja cumpra a missão dada a ela por Jesus: ser sinal e instrumento da misericórdia do Pai a todos os homens e mulheres. “Por isso que o Ano Santo deverá manter vivo em nós o desejo de levá-la aos que sofrem, aos que estão sem esperança de serem perdoados, de serem amados pelo Pai”.
“Um jubileu para que possamos perceber o calor do amor de Deus quando nos carrega em seus ombros e nos traz de volta à casa do Pai; para nos tornamos testemunhas da misericórdia. É o tempo favorável para tratar as feridas, para não cansarmos de ir ao encontro daqueles que esperam os sinais da proximidade de Deus”, explicou o Santo Padre.
A abertura do Ano Santo da Misericórdia coincide com os 50 anos da conclusão do Concílio Vaticano II, no dia 8 de dezembro. A conclusão terá lugar na Solenidade litúrgica de Jesus Cristo Rei do Universo, em 20 de novembro de 2016.
sexta-feira, 10 de abril de 2015
CNBB sedia lançamento da Campanha para Diagnóstico Precoce do HIV
“Cuide bem de você e de todos os que você ama. Faça o teste HIV”. Este é o lema da Campanha da Pastoral da Aids, que será lançada, amanhã, dia 27 de novembro, às 15h, na sede da Conferência Nacional dos Bispos (CNBB), em Brasília. Confira aqui o material de divulgação.
O lançamento contará com a presença do bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da instituição, dom Leonardo Steiner; do ministro da Saúde, Arthur Chioro; do secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa; do coordenador do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita, do secretário executivo e do assessor da Pastoral da Aids, respectivamente, frei José Bernardi e frei Luiz Carlos Lunardi.
A Campanha buscará incentivar o diagnóstico precoce para o HIV, com a finalidade de contribuir para a otimização do tratamento e evitar novas infecções. Trata-se de uma resposta ao desafio de diminuir o número de infecções pelo vírus, dado que, mesmo com a epidemia estabilizada, permanecem as chamadas transmissões verticais, ou seja, quando o vírus é passado da mãe para o bebê durante a gestação, o parto ou a amamentação.
De acordo com frei Luiz Carlos Lunardi, é preciso envolvimento de todos os seguimentos da sociedade no enfrentamento da doença. “Todos os setores sociais, todas as organizações devem se comprometer na luta contra a Aids. No acompanhamento das pessoas [portadoras do] HIV, uma questão de solidariedade; na questão do acesso aos medicamentos e tratamentos; na superação do estigma e do preconceito; e lutar e se engajar na luta pelo acesso ao diagnóstico precoce”, disse.
De acordo com a Pastoral da Aids, a epidemia da aids está no Brasil há 30 anos. A Pastoral alerta para uma realidade em que, apesar dos avanços na área da medicina e das políticas públicas, ainda persistem óbitos e infecções. Por este motivo, a Pastoral estabeleceu, em parceria com o Ministério da Saúde, o foco da campanha no diagnóstico precoce, para que as pessoas não cheguem doentes ao serviço de saúde, com poucas chances de êxito no tratamento.
A Pastoral da Aids ressalta, ainda, o envolvimento da Igreja na superação da aids desde o início e de muitas maneiras, como as casas de apoio e os centros de convivência sob seu cuidado.
Informações sobre o lançamento: (61) 2103-8313 ou pelo e-mail: assessor@pastoralaids.org.br
12 mil...podemos mais...
Em entrevista coletiva, na quarta-feira, 8, o bispo diocesano e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Francisco Biasin, oficializou a entrega das 12.176 assinaturas, na sede regional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular da Coalização pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas.
Dom Francisco agradeceu o empenho das lideranças de pastorais e comunidades envolvidas na coleta de assinaturas."Nenhum bispo da CNBB foi contra a campanha de assinaturas e tenho muito orgulho de ver o trabalho intenso das comunidades eclesiais de nossa diocese com o número de 12.157 assinaturas. Existem arquidioceses e dioceses que fazem muito esforço para trabalhar esta questão. Nossa diocese é muito sensível devido ao episcopado de 33 anos de dom Waldyr Calheiros que se colocou ao lado dos pobres e operários”, disse.
O presidente da OAB de Volta Redonda, Alex Martins, elogiou o trabalho feito pelo Setor Social da diocese e a condução da campanha por dom Francisco Biasin. "Esta ação sem dúvida mostra a força que o povo tem na tomada de decisão do destino da nação e quanto mais gente participar, melhor será o resultado”, destacou.
A coleta é resultado do gesto concreto da Campanha da Fraternidade de 2015, cujo tema é “Fraternidade: Igreja e sociedade” e o lema “Eu vim para servir”.
Projeto de Lei
O Projeto de Reforma Política foi lançado em setembro de 2013 e pretende, entre outras medidas, afastar a influência do poder econômico das eleições, proibindo a doação de empresas; reformular o sistema político, incluindo a melhor representatividade das mulheres e estimular a participação dos grupos sub-representados da sociedade; viabilizar a regulamentação do artigo 14 da Constituição, que trata dos instrumentos de participação popular como plebiscito, referendo e lei de iniciativa popular; melhorar o sistema político partidário, aumentando a participação de militantes e filiados em torno de um programa político; e promover a fidelidade partidária programática.
quarta-feira, 8 de abril de 2015
A Páscoa é uma festa de família, porque viver ressuscitado é saboroso como o chocolate
Que conceito bonito este de que a família é a Igreja doméstica! “Em nossos dias, num mundo que se tornou estranho e até hostil à fé, as famílias cristãs são de importância primordial, como lares de fé viva e irradiante. Por isso, o Concilio Vaticano II chama a família, usando uma antiga expressão, de ‘Eclésia doméstica’. É no seio da família que os pais são ‘para os filhos, pela palavra e pelo exemplo, os primeiros mestres da fé. E favoreçam a vocação própria a cada qual, especialmente a vocação sagrada’” (Catecismo da Igreja Católica, n° 1656).
O lar cristão é o lugar em que os filhos recebem o primeiro anúncio da fé. Por isso, o lar é chamado, com toda razão, de “Igreja doméstica”, comunidade de graça e oração, escola das virtudes humanas e da caridade cristã (Catecismo da Igreja Católica, n° 1666).
Os pais são os primeiros a transmitir a fé, os valores cristãos e universais e uma boa educação para os filhos. Pai e mãe são mestres da vida; pela palavra e pelo exemplo, eles nos ensinam coisas que vamos levar para a vida toda, que vão influenciar nossas escolhas e, principalmente, formar a nossa consciência do bem e do mal. Serão os primeiros catequistas, que, muito mais do que ensinar, vão transmitir pela prática, porque os filhos os verão fazendo.
Eu mesmo poderia dizer da minha mãe e da minha avó quando as via rezar o terço diante da imagem de Nossa Senhora: “Era uma santa ouvindo o que a outra santa dizia!”. Meus pais imprimiram em mim muito mais do que traços biológicos e heranças hereditárias, qualidades e defeitos e o desejo de um futuro brilhante. Eles fizeram com que eu experimentasse o amor de Deus e a graça da fé. Quando ainda era criança, sem que eu entendesse, deram-me um banho de Água Viva, que me fez nascer de novo e me enxertou em Cristo Jesus. Dando-me assim o dom da imortalidade e a graça de pertencer a uma família muito grande: a Igreja!
Como explicar para as crianças e os jovens que, na Páscoa, o mais importante é a festa da vida que vence a morte? Que Cristo verdadeiramente foi morto numa cruz e que, por aceitar morrer assim, Ele nos libertou do pecado e nos salvou pela Sua Ressurreição? A Páscoa é uma festa de família, porque viver ressuscitado é saboroso como o chocolate, é cheio de vida como o ovo e é tão fecundo como um casal de coelhinhos. É preciso ter a coragem de celebrar a fé em família e ensinar o verdadeiro sentido de ser cristão.
Celebrar a Páscoa é renascer com Cristo ressuscitado, é passar da morte para a vida, é vencer o pecado e a morte. É também celebrar a vida com o sabor de um ovo de chocolate e mostrar ao mundo que o cristão precisa ser como o coelho: fecundo em virtudes, amor e santidade. É arrumar uma ceia e acender uma vela para convidar os amigos e parentes para se iluminarem com a luz de nossa fé. Uma fé que nasce e renasce constantemente no seio de nossas famílias. É ser criativo e pedir ao Espírito Santo que grave em nossos corações a graça e o verdadeiro sentido dos símbolos pascais:
O Círio Pascal: Representa o Cristo Ressuscitado, que deixou o túmulo, radioso e vitorioso. Na vela pascal ficam gravadas as letras Alfa e Ômega, significando que Deus é o princípio e o fim. Os algarismos do ano também ficam gravados no Círio Pascal. Nas casas cristãs, é comum o uso da vela no centro da mesa no almoço de Páscoa.
O ovo, aparentemente morto, é o símbolo da vida que surge repentinamente, destruindo as paredes externas e irrompendo com a vida. Simboliza a Ressurreição.
O Cordeiro: Na Páscoa da antiga aliança, era sacrificado um cordeiro. No Novo Testamento, a vítima pascal é Jesus Cristo, chamado Cordeiro Pascal.
O Coelho: Símbolo da rápida e múltipla fecundidade da Igreja, que está espalhada por toda a parte, reproduzindo fiéis: há um número incalculável de filhos de Deus, frutos da Graça da Ressurreição.
O Trigo e a Uva: Simbolizam o pão e o vinho da Santa Missa e, por seu grande significado com a Trindade Santa, traduzem, por excelência, o símbolo Pascal. Para a ornamentação da mesa de Páscoa, nada mais indicado que um centro feito com uvas e trigo, entre cestas de pães e jarras de vinho.
O peixe é o mais antigo dos símbolos de Cristo. Se Ele é o Grande Peixe, somos os peixinhos d’Ele. Isso quer dizer que devemos sempre viver mergulhados na graça de Cristo e na vida divina, trazidas a nós pela água do batismo, momento em que nascemos espiritualmente, como os peixinhos nascem dentro d’água.
Cristo ressuscitou, ressuscitou verdadeiramente. Aleluia!
FELIZ PÁSCOA!
sábado, 4 de abril de 2015
"A diminuição da maioridade penal é desserviço", afirma dom Leonardo
O bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Ulrich Steiner, em entrevista sobre o Projeto de Emenda à Constituição nº 171/1993, afirmou que "a diminuição da maioridade penal é desserviço". Para ele, os parlamentares deveriam "sair em defesa da dignidade das crianças e adolescentes e não descartá-las". Dom Leonardo ainda recorda a iniciativa da Conferência na convocação do Ano da Paz. "Saiamos ao encontro das pessoas e estendamos a mão, não as descartemos", disse.
Em maio de 2013, durante reunião do Conselho Episcopal Pastoral (Consep), foi divulgada uma nota em que a CNBB reafirmou que a redução da maioridade não é a solução para o fim da violência. "Ela é a negação da Doutrina da Proteção Integral que fundamenta o tratamento jurídico dispensado às crianças e adolescentes pelo Direito Brasileiro. A Igreja no Brasil continua acreditando na capacidade de regeneração do adolescente quando favorecido em seus direitos básicos e pelas oportunidades de formação integral nos valores que dignificam o ser humano", dizia a nota.
Leia a entrevista na íntegra:
Dom Leonardo, como o senhor avalia a retomada da tramitação da PEC nº 171/1993, que propõe a redução da Maioridade Penal de 18 para 16 anos?
Dom Leonardo Steiner – “Deixai vir a mim as crianças”, disse Jesus. E poderíamos acrescentar e não as afasteis. O problema é o ponto de partida, a visão de pessoa, o que se deseja. Avalio que há uma série de equívocos associados à questão da maioridade penal, como por exemplo, a tentativa de revogar o Estatuto do Desarmamento, ampliando o número de armas que podem ser portadas e reduzindo-se a idade para aquisição delas. Lamento profundamente que alguns parlamentares da Câmara dos Deputados queiram sanar uma doença com o paciente na UTI, aplicando uma dose que poderá leva-lo à morte, ao invés de criar as condições para curá-lo. Afinal o que se pretende? Estimular a violência? A retomada da tramitação da PEC nº 171/1993 e as várias proposições apensadas são iniciativas que objetivam criminalizar o adolescente e submetê-lo a penalidades no âmbito carcerário, maquiando a verdadeira causa do problema e desviando a atenção com respostas simplistas, inconsequentes e desastrosas para a sociedade. A delinquência de adolescentes é, antes de tudo, um grave aviso: o Estado, a Sociedade e a Família não têm cumprido adequadamente seu dever de educar, formar, integrar. Ao mesmo tempo não tem assegurado, com prioridade, os direitos da criança e do adolescente, conforme estabelece o artigo 227 da Constituição Federal.
Mas o Estatuto da Criança e do Adolescente não deixa impune o adolescente que pratica crimes?
Dom Leonardo Steiner – O Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, ao contrário do que se propaga injustamente, é exigente com o adolescente em conflito com a lei, e não compactua com a impunidade. O ECA reconhece a responsabilização do adolescente autor de ato infracional, mas acredita na pessoa e tem como horizonte a pessoa humana inserida na vida comum. Assim, propõe a aplicação de medidas socioeducativas que valorizam a pessoa do adolescente e favorecem condições de autossuperação para sua retomada de vida em sociedade. À sociedade cabe exigir do Estado não só a efetiva implementação das medidas socioeducativas, mas também o investimento para uma educação de qualidade, além de políticas públicas que eliminem as desigualdades sociais. É dever de todos apoiar as famílias para que as crianças e adolescentes tem casa material e a casa do amor. Junta-se a isto a necessidade de se combater corajosamente a epidemia das drogas e da complexa estrutura criminosa que a sustenta, causadora de inúmeras situações que levam os adolescentes à violência e à morte.
A redução da maioridade penal traz que consequências, na opinião do senhor?
Dom Leonardo Steiner - Além de criminalizar o adolescente, deixando impunes os verdadeiros donos das redes do tráfico de drogas e os agentes públicos responsáveis por combatê-las, a redução da maioridade irá permitir que abusadores de adolescentes que tenham idade a partir da fixada na Constituição fiquem impunes, vez que os crimes dos quais eles são acusados, perderão o objeto. A consequência de mudança na maioridade penal atinge todos os níveis da convivência humana do adolescente. Disso não se fala, sobre isso não se reflete. Outro efeito grave dessa medida é que desresponsabiliza os agentes públicos dos poderes da República, inclusive do Congresso Nacional, de sua missão institucional de garantir o acesso aos direitos básicos como educação de qualidade, saúde pública, segurança, transporte público, acesso à cultura e ao lazer, a prática esportiva saudável, ou seja, os direitos civis, políticos e socais para melhoria da condição de vida de nossa população. Diante de tantas denúncias e comprovações de corrupção, que modelos têm nossas crianças e adolescentes e que ideia podem fazer sobre as pessoas que estão no exercício dos poderes neste país?
O que CNBB propõe?
Dom Leonardo Steiner – O papa Francisco tem demonstrado, através de suas palavras, gestos e documentos, que a Igreja não pode se calar diante das injustiças, que poderão ainda mais agravar a situação ao invés de superá-las. O Projeto que visa diminuir a maioridade penal é um Projeto de morte contra crianças, adolescentes e jovens empobrecidos das periferias de nossas grandes cidades. Os adolescentes, em sua grande maioria, foram descartados, para usar uma expressão do Santo Padre, socialmente e, com a diminuição da maioridade penal, serão descartados em sua totalidade. Não desejamos o descarte, mas a inserção social. Há exemplos de recuperação dos jovens quando se investe no cumprimento efetivo do Estatuto da Criança e Adolescente. Não se pode condenar nossa juventude, sem antes dar oportunidades de crescimento e vida plena. Tenho a esperança de que a Campanha da Fraternidade deste ano de 2015, neste tempo da quaresma, possa fazer com que os parlamentares que estão apoiando a redução da maioridade penal, revejam suas posições, deixando-se interpelar pelo evangelho de Jesus que, neste tempo, estamos refletindo: “Eu vim para servir” (Mc 10,45). A diminuição da maioridade penal é desserviço! Os senhores parlamentares deveriam sair em defesa da dignidade das crianças e adolescentes e não descartá-las. Durante sua visita ao Brasil em 2013, o papa Francisco exortou todos os cristãos a não assumirem uma posição pessimista diante das dificuldades presentes em nossa sociedade, nem uma posição meramente reativa ou pior, de resistência e isolamento. Ele nos chamou a unir forças com os homens e mulheres de boa vontade que desejam construir um mundo melhor. Um mundo mais justo, mais fraterno, mais solidário e inclusivo. A CNBB, sabedora das dificuldades, tensões e violência convocou o Ano da Paz. Somos da Paz. Saiamos ao encontro das pessoas e estendamos a mão, não as descartemos.
Ele ressuscitou
Evangelho de hoje: Mc 16,1-7
Sábado Santo - Vigília Pascal
Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas para ungir Jesus. E no primeiro dia da semana, foram muito cedo ao sepulcro, mal o sol havia despontado. E diziam entre si: "Quem removerá a pedra do sepulcro para nós?”. Levantando os olhos, elas viram removida a pedra, que era muito grande. Entrando no sepulcro, viram, sentado do lado direito, um jovem, vestido de roupas brancas, e assustaram-se. Ele lhes falou: "Não tenhais medo. Buscais Jesus de Nazaré, que foi crucificado. Ele ressuscitou, já não está aqui. Eis o lugar onde o depositaram. Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vos precede na Galileia. Lá o vereis como vos disse”.
Comentário
Celebramos a Vigília Pascal. A vida quer a vida e não a morte. A Ressurreição de Jesus é o milagre do começo da vida, da vida nova a partir da morte. É preciso sublinhar a realidade simbolizada pelo fogo, pela luz e pela água. O fogo é o sinal da presença de Deus na História, em suas manifestações de salvação. A luz é o símbolo da vida. Representa a presença do Cristo Ressuscitado, que é vida e oferece vida ao homem. A água é também símbolo da vida, que é comunicada ao cristão quando ele renasce no Batismo para um mundo novo.
sexta-feira, 3 de abril de 2015
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