segunda-feira, 28 de abril de 2014




Popular, Papa João Paulo II deixou 
a Igreja Católica simpática aos fiéis

O Papa das multidões, amado e venerado em todo o mundo, responsável por revitalizar a Igreja Católica e torná-la mais simpática aos olhos de seus fiéis. Esta é uma das imagens mais conhecidas de Karol Wojtyla, o Papa João Paulo II, que ficou 26 anos à frente da Santa Sé e será canonizado neste domingo (27) no Vaticano.

Durante seu pontificado, o mais longo do século XX, ele se transformou em uma das personalidades mais emblemáticas das últimas décadas, com influência tanto entre os fiéis católicos como na geopolítica mundial.

O processo de canonização de João Paulo II é um dos mais rápidos da história. Ela teve início um mês após sua morte, em 2005, quando seu sucessor, Bento XVI, dispensou as regras e deu início às investigações da santidade – que em geral só ocorrem cinco anos depois do falecimento.

Para muitos católicos, entretanto, o processo foi demorado – durante seu funeral, após quase 27 anos de pontificado, a multidão reunida no Vaticano gritou "santo súbito".

Os dois milagres de João Paulo II foram comprovados por uma comissão do Vaticano e confirmados por decretos dos Papas Bento XVI e Francisco. Sua beatificação, após a comprovação do primeiro milagre - da freira francesa Marie Simon-Pierre, que alegou ter sido repentinamente curada de mal de Parkinson dois meses após a morte do Pontífice – foi realizada em 1º de maio de 2011, seis anos após sua morte.

Já o segundo milagre foi registrado na Costa Rica, com uma mulher, cuja identidade é mantida em segredo, que diz ter sido curada de um aneurisma cerebral após pedir a intercessão de João Paulo II.

O Papa das multidões, amado e venerado em todo o mundo, responsável por revitalizar a Igreja Católica e torná-la mais simpática aos olhos de seus fiéis. Esta é uma das imagens mais conhecidas de Karol Wojtyla, o Papa João Paulo II, que ficou 26 anos à frente da Santa Sé e será canonizado neste domingo (27) no Vaticano.

Durante seu pontificado, o mais longo do século XX, ele se transformou em uma das personalidades mais emblemáticas das últimas décadas, com influência tanto entre os fiéis católicos como na geopolítica mundial.

O processo de canonização de João Paulo II é um dos mais rápidos da história. Ela teve início um mês após sua morte, em 2005, quando seu sucessor, Bento XVI, dispensou as regras e deu início às investigações da santidade – que em geral só ocorrem cinco anos depois do falecimento.

Para muitos católicos, entretanto, o processo foi demorado – durante seu funeral, após quase 27 anos de pontificado, a multidão reunida no Vaticano gritou "santo súbito".

Os dois milagres de João Paulo II foram comprovados por uma comissão do Vaticano e confirmados por decretos dos Papas Bento XVI e Francisco. Sua beatificação, após a comprovação do primeiro milagre - da freira francesa Marie Simon-Pierre, que alegou ter sido repentinamente curada de mal de Parkinson dois meses após a morte do Pontífice – foi realizada em 1º de maio de 2011, seis anos após sua morte.



Já o segundo milagre foi registrado na Costa Rica, com uma mulher, cuja identidade é mantida em segredo, que diz ter sido curada de um aneurisma cerebral após pedir a intercessão de João Paulo II.


João XXIII: “O Papa do Concílio”

Angelo Giuseppe Roncalli, nascido em Sottoil Monte, em 1881, de família pobre e numerosa, teve, graças ao seu talento, a oportunidade de estudar. Concluiu seus estudos em Roma, com doutorado em teologia. Em 10 de agosto do mesmo ano de 1904, foi ordenado presbítero, em Roma. O Bispo de Bérgamo, sua diocese de incumbência de lecionar, no seminário diocesano, as disciplinas de história da Igreja, patrística e apologética. Na primeira Guerra Mundial serviu, primeiro como soldado do corpo de saúde, mais tarde como capelão militar.

Em 1921, foi convocado para trabalhar na Congregação de propagação da Fé, em Roma, lecionando simultaneamente, patrística no Seminário romano. Em 1925, Pio XII nomeou-o visitador apostólico na Bulgária, sendo, na oportunidade, ordenado Bispo. Após nove anos de atividade em Sofia, tornou-se delegado para a Grécia e a Turquia, primeiro em Istambul, desde 1937, e posteriormente em Atenas. Em 23 de dezembro de 1944, Pio XII nomeou-o núncio na França. O novo núncio conseguiu com suas atividades mitigar as tensões internas existentes na França.

Em 1951 foram confiadas a Roncalli simultaneamente, as atribuições de observador efetivo do papa junto à UNESCO, em Paris. Em 12 de janeiro de 1953, tornou-se arcebispo (patriarca) de Veneza e Cardeal. Assim como no exercício das funções anteriormente desempenhadas, também aqui considerava sua tarefa primordial colocar-se a serviço da cura de almas.

Sua eleição se deu no dia 28 de outubro de 1958, era ele de um modo geral desconhecido pelo mundo. Também “só” fora eleito para ser papa de transição. Isto se comprovou correto quanto à duração do seu pontificado (ele mesmo sabia que, tendo 77 anos de idade, não seria de se esperar um longo pontificado). João XXIII abriu para a Igreja novos e importantes caminhos em direção ao futuro.

João XXIII já no início do seu pontificado três coisas foram destacadas: A realização de um sínodo para a cidade de Roma (realizado entre os dias 24 e 31 de janeiro de 1960). Também o novo Código de Direito Canônico. Do qual começou a ser elaborado em seu pontificado e foi concluído em 1983 e por fim a convocação do Concílio Vaticano II.

Quanto o Concílio Vaticano II, o Papa João XXIII surpreendeu o mundo com tal plano, ao propô-lo, em 25 de janeiro de 1959, na presença dos cardeais. A convocação do Concílio Vaticano II, segundo João XXIII era que a Igreja deveria atualizar-se para bem evangelizar o mundo. Em 14 de junho de 1959, usou pela primeira vez a palavra “aggiornamento”, abertura da Igreja.

Na sessão de abertura do Vaticano II, em 11 de outubro, estavam presentes mais de 2.500 padres conciliares em Roma. Pela primeira vez na história, haviam acolhido o convite do papa também 18 igrejas não católicas, no sentido de enviarem observadores para o Concílio. O primeiro período de sessões durou até 8 de dezembro de 1962. A parte final desse primeiro período ficou marcada por tristeza, por ter o papa adoecido gravemente e veio falecer antes do segundo período de sessões.

João XXIII em Roma sempre se considerou um cura de almas. Por isso visitava as igrejas, presídios e hospitais. Estabelecia rapidamente bons contatos com as pessoas. Sua afabilidade e bondade irradiavam paz e alegria.

O interesse pastoral de João XXIII impregnava também suas alocuções aos peregrinos, bem como as manifestações do magistério eclesiástico, por ele publicadas: “Ad Petri Cathedram” foi sua primeira encíclica (29 de junho de 1959). Em comemoração ao primeiro centenário da morte do Santo Cura d’ Ars, escreveu a sua segunda encíclica, em que manifesta a sua preocupação pelos sacerdotes (1º de agosto de 1959). Em 26 de setembro de 1959, apareceu uma encíclica sobre a oração do rosário. A quarta encíclica ocupa-se da questão missionária (26 de novembro de 1959). Em 15 de maio de 1961 a encíclica social: “MateretMagistra”. A sexta encíclica é com motivação na memória dos 1500 anos da morte do papa Leão Magno- consagrada à unidade da Igreja. Em 1º de junho de 1962, apareceu uma encíclica que teve por tema a penitência. A última encíclica foi “Pacem in terris de (11 de abril de 1963) sobre a paz entre todas as nações, em liberdade e justiça, teve grande repercussão.

O termo “aggiornamento”, ou seja, “abertura para o mundo”, não significava para João XXIII ruptura com o passado. Ele era completamente apegado à tradição. Disso dão prova suas instruções sobre a interpretação da Bíblia, sua insistência no uso do latim como língua apropriada aos estudos teológicos e a regulamentação dos padres operários franceses. Também a piedade e a profunda religiosidade do papa eram impregnadas pela tradição, como mostram o seu “Diário Espiritual” e o seu “Testamento Espiritual”.

Nessa atitude de religiosidade profunda passou o papa também os seus últimos meses de vida, ao saber da doença incurável de que sofria. Em princípios de 1963, agravou-se mais seu estado de saúde. Na segunda-feira de Pentecostes, em 3 de junho de 1963, morreu ele. João XXIII foi declarado Beato no dia 03 de setembro de 2000 pelo Papa João Paulo II. Neste domingo dia 27 de Abril, domingo da misericórdia, foi canonizado juntamente com o Beato João Paulo II.



Agora é OFICIAL: São João Paulo II e São João XXIII! Que felicidade para nossa Igreja vivenciar esse Domingo da Misericórdia (resgatado por São João Paulo II), com uma liturgia riquíssima sobre fé e missão, e além disso, canonizando dois Papas na presença do Papa atual e do Papa Emérito.
É muita felicidade para um coração só !

Estudos das Cartas de Paulo

1º Estudo 14/04



2º Estudo 28/04




3º Estudo p/ 02/06


Páscoa...






sábado, 12 de abril de 2014

SEMANA SANTA 2014


.: O Domingo de Ramos lembra o projeto de Jesus

Nos dias seguintes os fiéis vivem um semana repleta de espiritualidade com todas as celebrações litúrgicas da Semana Santa. Na quarta-feira, em muitas comunidades, os cristãos participam da Procissão de Encontro e do Sermão das Sete Palavras.

A Procissão do Encontro narra o encontro de Nossa Senhora das Dores e o Senhor dos Passos, marcando o trecho bíblico em que Maria se depara com seu Filho carregando a cruz a caminho do calvário. As imagens são carregadas por homens e mulheres que se dividem: de um lado os homens carregam a imagem de Nosso Senhor, e de outro, as mulheres trazem a imagem da Virgem Dolorosa. No momento do encontro entre as duas imagens, o sacerdote realiza a meditação do Sermão das Sete Palavras, sendo os últimos ensinamentos deixados por Jesus antes de sua Morte.

Neste domingo, 13, a Quaresma é encerrada com a celebração do Domingo de Ramos, quando os católicos participam da primeira celebração litúrgica do tempo mais importante para a Igreja. Nesse dia os fiéis são convidados a refletir sobre a entrada de Jesus, em Jerusalém, para realizar sua Páscoa. Na liturgia deste dia estão presentes três símbolos: os ramos, a procissão e a proclamação do Evangelho da Sexta-feira da Paixão.

.: O Sermão das Sete Palavras de Cristo na Cruz

Com o início do Tríduo Pascal, que compreende a Quinta-feira Santa, Sexta-feira da Paixão e o Sábado de Santo, os cristãos são convidados a experimentar um clima de oração e meditação, fazendo memória à Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.

A Quinta-feira Santa, tradicionalmente conhecida pelos fiéis como a Missa do Lava-pés, recorda o momento em que Jesus se encontra com os discípulos para a Última Ceia. Esta cerimônia marca a instituição do ministério sacerdotal e a instituição da Eucaristia, momento em que Jesus transforma o pão e o vinho em seu Corpo e Sangue.



.: Quinta-feira Santa, Cristo inaugurou um novo sacerdócio

“Que a celebração desta Eucaristia possa incendiar o seu coração de amor por Jesus. A Eucaristia é serviço, é doação, e celebrando este mistério, se atualiza a Paixão de Nosso Senhor e também nossa. Que a partir desta noite você abra o coração e seus ouvidos: 'Isto é o meu corpo, isto é o meu sangue', para que este amor seja reavivado no seu coração pela Santa Eucaristia”, convidou padre Roger Luís, missionário da Comunidade Canção Nova.

Os fiéis devem deixar a celebração em silêncio, pois todas as manifestações de alegria e de festa são cessadas até a Vigília Pascal. Ocorre a desnudação do altar, quando todas as toalhas são retiradas e as imagens e cruzes são cobertas como sinal de respeito pelo sofrimento de Jesus, despojando-nos de tudo aquilo que pode simbolizar a alegria.


Santos óleos

Uma das cerimônias litúrgicas da Quinta-feira Santa é a benção dos santos óleos usados durante todo ano pelas paróquias. São três os óleos abençoados nessa celebração: o do Crisma, dos Catecúmenos e dos Enfermos.
Ela conta com a presença de bispos e sacerdotes de toda a diocese. É um momento de reafirmar o compromisso de servir a Jesus Cristo.

Lava pés

O Lava-pés é um ritual litúrgico, realizado durante a celebração da Quinta-feira Santa, quando recorda a última ceia do Senhor.
Jesus ao lavar os pés dos discípulos quer demonstrar seu amor por cada um e mostrar a todos que a humildade e o serviço são o centro de sua mensagem, portanto esta celebração é a maior explicação para o grande gesto de Jesus que é a Eucaristia.
O rito do lava-pés não é uma encenação dentro da missa, mas um gesto litúrgico que repete o mesmo gesto de Jesus. O bispo ou padre que lava os pés de algumas pessoas da comunidade está imitando Jesus no gesto, mas não como teatro; ao contrário, como compromisso de estar ao serviço da comunidade, para que todos tenham a salvação, como fez Jesus.

Instituição da Eucaristia

Com a Santa Missa da Ceia do Senhor, celebrada na tarde ou noite da Quinta-feira Santa, a Igreja dá início ao chamado Tríduo Pascal e faz memória da Última Ceia, onde Jesus, na noite em que foi traído, ofereceu ao Pai o seu Corpo e Sangue sob as espécies do Pão e do Vinho, e os entregou aos apóstolos para que os tomassem, mandando-lhes também oferecer aos seus sucessores.
A palavra "Eucaristia" provém de duas palavras gregas "eu-cháris": "ação de graça", e designa a presença real e substancial de Jesus Cristo sob as aparências de pão e vinho.

Instituição do sacerdócio

A Santa Missa é então a celebração da Ceia do Senhor na qual Jesus, um dia como hoje, na véspera da sua paixão, "Durante a refeição, Jesus tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai e comei, isto é meu corpo." (Mt 26, 26).
Ele quis que, como em sua última Ceia, seus discípulos nos reuníssemos e nos recordássemos d'Ele abençoando o pão e o vinho: "Fazei isto em memória de mim". Com essas palavras, o Senhor instituiu o sacerdócio católico e deu-lhes poder para celebrar a Eucaristia.




.: Sexta-feira da Paixão, mistério de amor


Na Sexta-feira Santa não há a celebração da Santa Missa, apenas a celebração da Palavra e a veneração da Santa Cruz, um momento muito simbólico e expressivo deste dia. A cruz é apresentada solenemente à comunidade pelo sacerdote, que canta três vezes a aclamação: "Eis o lenho da Cruz, onde esteve pregada a salvação do mundo. Ò vinde adoremos".

Sexta-feira da Paixão

A tarde da Sexta-feira Santa apresenta o drama incomensurável da morte de Cristo no Calvário. A cruz erguida sobre o mundo segue de pé como sinal de salvação e de esperança. Com a Paixão de Jesus, segundo o Evangelho de João, contemplamos o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que lhe traspassou o lado. Há um ato simbólico muito expressivo e próprio deste dia: a veneração da Santa Cruz, momento em que é apresentada solenemente a cruz à comunidade.

Via-sacra

Ao longo da Quaresma muitos fiéis realizam a Via Sacra com uma forma de meditar e fazer memória do caminho doloroso que Jesus viveu até a crucifixão e morte na cruz.
A Igreja nos propõe esta meditação para nos ajudar a rezar e a mergulhar na doação e misericórdia de Jesus que se doou por nós. Em muitas paróquias e comunidades são realizadas a encenação da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, através da meditação das 14 estações da Via Crúcis.


O Sábado Santo não é um dia vazio em que "não acontece nada". Nem uma duplicação da Sexta-feira Santa. A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo em que pode ir uma pessoa. O próprio Cristo está calado. Ele, que é Verbo, a Palavra, está calado. Depois de seu último grito da cruz "por que me abandonaste?", agora ele cala no sepulcro. Descansa: "tudo está consumado".

Vigília Pascal:

Durante o Sábado santo a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua paixão e sua morte, sua descida à mansão dos mortos e esperando na oração e no jejum sua ressurreição. Todos os elementos especiais da Vigília querem ressaltar o conteúdo fundamental da Noite: a Páscoa do Senhor, a sua passagem da Morte à Vida.
A celebração é no sábado à noite, é uma Vigília em honra ao Senhor, de maneira que os fiéis, seguindo a exortação do Evangelho (Lc 12, 35-36), tenham acesas as lâmpadas como os que aguardam a seu Senhor quando chega, para que, ao chegar, os encontre em vigília e os convide a sentar à sua mesa.

Bênção do fogo

Fora da Igreja, prepara-se a fogueira. Estando o povo reunido em volta o sacerdote abençoa o fogo novo. Em seguida o círio pascal é apresentado ao sacerdote. Com um estilete, o presidente faz nele uma cruz dizendo as palavras que falam da eternidade de Cristo.
Assim expressa com gestos e palavras toda a doutrina do império de Cristo sobre o cosmos, exposta em São Paulo. Nada escapa da Redenção do Senhor, e tudo, homens, coisas e tempo estão sob sua potestade.

Procissão do Círio Pascal

As luzes da igreja devem permanecer apagadas. O diácono toma o círio e o ergue por algum tempo proclamando: Eis a luz de Cristo! Todos respondem: Demos graças a Deus!
Os fiéis acendem suas velas no fogo do círio pascal e entram na igreja. O círio pascal representa o Cristo Ressuscitado, a coluna de fogo e de luz que nos guia através das trevas e nos indica o caminho à terra prometida, avança em procissão.

Proclamação da Páscoa

O povo permanece em pé com as velas acesas. O presidente da celebração incensa o círio pascal. Em seguida a Páscoa é proclamada.
Este hino de louvor, em primeiro lugar, anuncia a todos a alegria da Páscoa, alegria do céu, da terra, da Igreja, da assembleia dos cristãos. Esta alegria procede da vitória de Cristo sobre as trevas. Terminada a proclamação apagam-se as velas.

Liturgia da Palavra

Esta noite a comunidade cristã se detém mais que o usual na proclamação da Palavra.
As leituras da Vigília têm uma coerência e um ritmo entre elas. A melhor chave é a que nos deu o próprio Cristo: "E começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes (aos discípulos de Emaús) o que dele se achava dito em todas as Escrituras" (Lc 24, 27).

Liturgia Batismal

A noite de Páscoa é o momento no qual tem mais sentido celebrar os sacramentos da iniciação cristã. O sacerdote que preside nesta noite tem a faculdade de conferir também a Confirmação, para fazer visível a unidade dos sacramentos da iniciação.
Se houver batismo, chamam-se os catecúmenos, que são apresentados pelos padrinhos à Igreja reunida.

Ladainha de todos os Santos

Nós, Igreja peregrina, em profunda comunhão com a Igreja do céu, reafirmamos nossa fé e pedimos a intercessão daqueles que nos precederam na glória do Cristo ressuscitado.

Bênção da água batismal

Durante a oração o sacerdote mergulha o Círio Pascal na água uma ou três vezes. Se houver batismo cada catecúmeno renuncia ao demônio, faz a profissão de fé e é batizado.
A bênção da água se trata sobretudo de bendizer a Deus por tudo o que fez por meio da água ao longo da História da Salvação, implorando-lhe que hoje também este sinal atualize o Espírito de vida sobre os batizados.

Renovação das promessas batismais

Após o rito do batismo (se houver) ou da bênção da água, todos em pé e com as velas acesas, renovam as promessas do batismo.
Terminada a renovação das promessas do batismo, o sacerdote asperge o povo com a água benta, enquanto todos cantam. Neste dia é omitido o creio, em seguida é presidida a oração dos fiéis.

Liturgia Eucarística

A celebração Eucarística é o ápice da Noite Pascoal. É a Eucaristia central de todo o ano, mais importante que a do Natal ou da Quinta-feira Santa. Cristo, o Senhor Ressuscitado, nos faz participar do seu Corpo e do seu sangue, como memorial da sua Páscoa. É o ponto mais importante da celebração.



Domingo da Ressurreição

É o dia santo mais importante da religião cristã. Depois de morrer crucificado, o corpo de Jesus foi sepultado, ali permaneceu até a ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. Do hebreu "Peseach", Páscoa significa a passagem da escravidão para a liberdade.
A presença de Jesus ressuscitado não é uma alucinação dos Apóstolos. Quando dizemos "Cristo vive" não estamos usando um modo de falar, como pensam alguns, para dizer que vive somente em nossa lembrança.

A espiritualidade do Domingo de Ramos


O Domingo de Ramos ensina-nos que a luta de Cristo e da Igreja



A Semana Santa começa no Domingo de Ramos, cuja liturgia celebra a entrada de Jesus Cristo, em Jerusalém, montado em um jumentinho (o símbolo da humildade), que é aclamado pelo povo simples. As pessoas O aplaudiam como “Aquele que vem em nome do Senhor”; esse mesmo povo que O viu ressuscitar Lázaro de Betânia, poucos dias antes, estava maravilhado e tinha a certeza de que este era o Messias anunciado pelos profetas. Porém, pareciam ter se enganado no tipo de Messias que o Senhor era. Pensavam que fosse um Messias político, libertador social, que fosse arrancar Israel das garras de Roma e lhes devolver o apogeu dos tempos de Davi e Salomão.

Para deixar claro a esse povo que Ele não era um Messias temporal e político, um libertador efêmero, mas o grande libertador do pecado, a raiz de todos os males, Cristo entrou na grande cidade, a Jerusalém dos patriarcas e dos reis sagrados, montado em um jumentinho; expressão da pequenez terrena, pois Ele não é um rei deste mundo!

Dessa forma, o Domingo de Ramos é o início da Semana que mistura os gritos de “Hosana” com os clamores da Paixão de Cristo. O povo acolheu Jesus abanando seus ramos de oliveiras e palmeiras. Os ramos significam a vitória: “Hosana ao Filho de Davi: bendito seja o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel; hosana nas alturas”. Hosana quer dizer “salva-nos!”.

Os ramos santos nos fazem lembrar que somos batizados, filhos de Deus, membros de Cristo, participantes da Igreja, defensores da fé católica, especialmente nestes tempos difíceis em que ela é desvalorizada e espezinhada.

Os ramos sagrados que levamos para nossas casas, após a Santa Missa [do Domingo de Ramos], lembram-nos de que estamos unidos a Cristo na mesma luta pela salvação do mundo, a luta árdua contra o pecado, um caminho em direção ao Calvário, mas que chegará à Ressurreição.

O sentido da Procissão de Ramos é mostrar essa peregrinação sobre a terra que cada cristão realiza a caminho da vida eterna com Deus. Ela nos recorda que somos apenas peregrinos neste mundo tão passageiro, tão transitório, que se gasta tão rapidamente. Mostra-nos que a nossa pátria não é neste mundo, mas na eternidade, que aqui nós vivemos apenas em um rápido exílio em demanda pela casa do Pai.

A entrada “solene” de Jesus em Jerusalém foi um prelúdio de Suas dores e humilhações. Aquela mesma multidão que O homenageou, motivada por Seus milagres, agora Lhe vira as costas e muitos pedem a Sua morte. Jesus, que conhecia o coração dos homens, não estava iludido. Quanta falsidade nas atitudes de certas pessoas! Quantas lições nos deixam esse dia [Domingo de Ramos]!

O Mestre nos ensina com fatos e exemplos que o Seu Reino, de fato, não é deste mundo. Que ele não veio para derrubar César e Pilatos, mas para derrubar um inimigo muito pior e invisível, o pecado.

A muitos o Senhor decepcionou; pensavam que Ele fosse escorraçar Pilatos e reimplantar o reinado de Davi e Salomão em Israel; mas Ele vem montado em um jumentinho frágil e pobre. “Que Messias é este? Que libertador é este? É um farsante! É um enganador e merece a cruz por nos ter iludido”, pensaram. Talvez Judas tenha sido o grande decepcionado.

O Domingo de Ramos ensina-nos que a luta de Cristo e da Igreja, e consequentemente a nossa também, é a luta contra o pecado, a desobediência à Lei sagrada de Deus que, hoje, é calcada aos pés até mesmo por muitos cristãos que preferem viver um Cristianismo “light”, adaptado aos seus gostos e interesses e segundo as suas conveniências. Impera, como disse Bento XVI, a ditadura do relativismo.

Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino @pfelipeaquino, é casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos". 

João Paulo II e João XXIII serão canonizados em 27 de abril em cerimônia presidida pelo Papa Francisco





Os papas João Paulo II e João XXIII serão canonizados no dia 27 de abril em uma cerimônia presidida pelo Papa Francisco em Roma. Trata-se da primeira canonização conjunta de dois Papas na história da Igreja.

O próprio Papa Francisco justificou a decisão de realizar no mesmo dia a canonização dos seus dois predecessores. “Fazer a cerimônia de canonização dos dois juntos quer ser uma mensagem para a Igreja: estes dois são bons, eles são bons, são dois bons”.

O doutor em Direito Canônico, padre Cristiano de Souza e Silva, explica que, ao declará-los santos, a Igreja comprova que esses dois beatos deram a vida por amor a Cristo e aos irmãos e, convida os homens e mulheres de hoje a fazerem o mesmo.

“Acredito que essa canonização será um grande sinal para nós de que o tempo dos milagres não passou, esse milagre acontece todos os dias através do testemunho de homens e mulheres de Deus que abraçam a causa de Cristo e do Evangelho.

Então também nós somos chamados a realizar esse milagre no nosso dia a dia, como padres, leigos, porque ser santo não é realizar milagre extraordinário, mas conseguir viver a fidelidade ao compromisso com o Senhor todos os dias da nossa vida.”

A data da cerimônia, 27 de abril, insere-se no contexto da Festa da Divina Misericórdia, devoção propagada por João Paulo II, e das celebrações dos 50 anos do Concílio Vaticano II, convocado por João XXIII.

“Datas significativas são importantes para o povo de Deus e tem muito a ver com a vida e missão daquela determinada pessoa”, explica o padre.

João Paulo II

Sua beatificação aconteceu em 1º de maio de 2011 numa cerimônia que reuniu mais de 1 milhão de pessoas e foi presidida pelo Papa Bento XVI, em Roma.Karol Józef Wojtyła nasceu em 18 de maio de 1920 em Wadowice na Polônia. Foi eleito Papa em outubro de 1978 e morreu no dia 2 de abril de 2005. Teve um dos pontificados mais longos da Igreja, 27 anos.

Uma particularidade na sua beatificação foi a dispensa do tempo de espera de 5 anos depois da morte para dar início ao processo. Em 1983, o próprio João Paulo II permitiu que se desse uma dispensa destes 5 anos para iniciar alguns processos considerados “claros”. No seu caso, foi a fama de santidade que fez com que Bento XVI autorizasse a dispensa.

Do dia de sua morte até o dia do seu funeral, mais de três milhões de peregrinos prestaram-lhe homenagem e a multidão aclamava-o como “santo súbito”.

“É um trabalho que tornou tangível historicamente o julgamento do povo de Deus sobre a santidade, frequentemente com o grito ‘Santo súbito’, sob a onda de emotividade coletiva que nós acompanhamos já nos dias precedentes e posteriores à morte do Papa”, explicou o postulador da causa, monsenhor Slawomir Oder.



João XXIII

Angelo Giuseppe Roncalli nasceu em 25 de novembro de 1881 em Sotto il Monte, diocese e província de Bérgamo, Itália. Foi eleito Papa em outubro de 1958 e morreu dia 3 de junho de 1963. Foi Beatificado por João Paulo II em 3 de setembro de 2000.

Embora seu pontificado tenha durado menos de cinco anos, escreveu as Encíclicas “Pacem in terris”, sobre a paz, e “Mater et magistra”, sobre a questão social
à luz da doutrina cristã. Além disso, convocou o Sínodo romano e instituiu uma Comissão para a revisão do Código de Direito Canônico. Seu feito mais memorável foi a convocação do Concílio Ecumênico Vaticano II.

O pouco tempo à frente da Igreja Católica foi suficiente para que o povo o reconhecesse como “O Papa Bom”, devido às suas obras de misericórdia e sentimento de paternidade para com todos.

Uma particularidade na sua canonização foi a dispensa da comprovação do segundo milagre. É necessário o reconhecimento de um milagre para se tornar beato e de um segundo milagre para se tornar santo. O doutor em Direito Canônico explica que o Papa pode realizar essa dispensa.

“A dispensa é possível sim porque às vezes existem testemunhos de milagres que por si já seriam suficientes para comprovação dessa santidade de vida. Depois, já faz muito tempo da morte de João XXIII, então às vezes não é fácil para nós encontrarmos pessoas que viveram naquele tempo. Comprová-los seria muito difícil. Fala-se de uma quantidade de milagres, temos milagres documentados, mas alguns de difícil comprovação justamente pelo tempo histórico da realização desses milagres. Então é um discernimento da Igreja já que temos um milagre já comprovado”.

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Domingo de Ramos

                         
O Domingo de Ramos também é denominado de Domingo da Paixão, uma vez que a Liturgia proclama o Evangelho da Paixão do Senhor, abrindo desse modo o início da Semana Santa. Com a celebração do Domingo de Ramos, a Liturgia introduz seus celebrantes no contexto da Semana Santa, convidando-os a contemplar a morte do Senhor como gesto ofertorial de sua vida, para que a humanidade possa participar da vida plena que se encontra unicamente em Deus.