domingo, 25 de dezembro de 2011

As pessoas do Natal...

                                         PERSONAGENS DO NATAL

           

 1.    O Menino Jesus       
                                JESUS É A IMAGEM VISÍVEL DE DEUS INVISÍVEL.
     Por vezes, o presépio apresenta apenas uma figura principal: o Menino Jesus envolto em faixas e
reclinado numa manjedoura. Não é nada de estranho, se pensarmos que é precisamente assim que a cena
é apresentada no Evangelho: «Não temais, pois vos anuncio uma grande alegria, que o é também para
todo o povo: Nasceu-vos hoje um Salvador, que é Cristo Senhor, na cidade de David. Este será o sinal:
encontrareis um menino envolto em faixas e deitado numa manjedoura» (cf. Lc 2,10-12).



     Uma criança causa sempre um sentimento de ternura. E o Menino nos braços de sua Mãe, Maria, é precisamente essa imagem de ternura que Deus quer comunicar. O facto de Deus se mostrar sob a forma de um menino explica a alegria que a festa de Natal comunica às crianças; para além da árvore de Natal, do Pai Natal e das prendas que ele traz, naturalmente. Há uma misteriosa empatia entre as crianças e o Menino do presépio, mas é uma empatia que se comunica também aos adultos.

     Não podemos esquecer-nos de que o Menino Jesus (que é o próprio Verbo de Deus feito um de nós) é o protagonista do presépio; sem Ele, não há nem presépio nem Natal. É a partir da manjedoura que Ele nos dá a boa nova de que também nós somos amados por Deus: «Deus amou de tal maneira o mundo que lhe enviou o seu Filho unigénito para que todo aquele que acredita nele não pereça, mas se salve», é a garantia que o evangelista João nos dá (cf. Jo 3,16).

     Na ressurreição de Cristo, revela-se e completa-se o sentido do Natal: Deus fez-se homem para que os homens sejam filhos de Deus. É o mesmo evangelista João que o diz imediatamente antes da frase citada acima: «Assim como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também tem de ser levantado o Filho do Homem, a fim de que todo aquele que nele crer tenha a vida eterna» (cf. Jo 3,14-15).
  

          
         2.    Maria, a Virgem Mãe
        
«Quanto a Maria, conservava todas estas coisas, ponderando-as em seu coração» (Lc 2,19).



     «Quando eles (José e Maria) ali se encontravam, completaram-se os dias em que ela devia dar à luz. E teve o seu filho primogénito, que envolveu em panos e reclinou numa manjedoura, por não haver lugar para eles na hospedaria» (Lc 2,6-7). Esta cena empresta uma importância singular ao papel de Maria. Apesar da crescente paganização do Natal e apesar do esvaziamento de sentido, não é demais insistir no facto de se celebrar, antes de mais, a irrupção de Deus na história humana através da encarnação de Jesus no seio da Virgem Maria. Não é, pois, possível, celebrar o Natal sem nos encontrarmos com esta figura singular e indispensável. Do seu «sim» a Deus depende o conteúdo do mistério que se celebra no Natal.
     Gabriel, o mensageiro de Deus, comunica a Maria uma nota de alegria e de felicidade, que se baseia num facto muito concreto: «Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo» (cf. Lc 1,30). Ela, que é cheia de graça, não pode não viver uma paz e uma felicidade interiores que lhe advêm do facto de o Senhor estar com ela.
     É certo que Natal é a festa do próprio Deus que se faz homem em Jesus Cristo. Mas é também festa daquela que, através do seu «sim» inicial e do seu contínuo «sim», se torna Mãe de Deus, porque Mãe de Jesus Cristo, que é Deus. A Virgem do Natal, que «conservava e ponderava todas estas coisas no seu coração», é a garantia de que ainda hoje podemos continuar a fazer festa, porque ela continua a dar-nos Jesus em todo o tempo e em todas as circunstâncias.




                              3.    S. José

«Despertando do sono, José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor e recebeu a sua esposa».


     Durante o Advento (e não só), uma outra figura incontornável na vida de Jesus, Deus humanado, é S. José. Nem sempre se lhe reconhece a importância que tem e, na devoção litúrgica e popular, por vezes, passa para segundo plano, quando, na realidade, ele é o guardião do mistério de Deus. Mas, embora o ter sido escolhido para pai adoptivo de Jesus fosse uma espécie de honra, a verdade é que o preço a pagar por essa distinção foi bem elevado. José teve que aceitar, pela fé, a sua esposa que, «antes de coabitarem, tinha concebido por virtude do Espírito Santo». Não é fácil imaginar o «trauma» por que terá passado para poder chegar a uma decisão tão difícil. Mas a fé resolveu o que a sua capacidade simples de raciocínio talvez não conseguisse.
 
     «As marrativas de S. Lucas (cf. 1,26-28; 2,1ss) e de S. Mateus (cf. 1,18-25) manifestam claramente que, por um lado, a maternidade de Maria não é obra de José, mas do Espírito Santo, e, por outro lado, que Jesus, por intermédio de José, é legalmente filho de David. José tem conhecimento, pelo anjo, da concepção virginal e recebe de Deus o encargo de adoptar, como pai legal, o filho de Maria, dando-lhe o nome de Jesus. A paternidade legal de José faz de Jesus filho de David e filho do povo eleito».
 
     Depois da visita dos Magos, José recebe a delicada missão de interpretar os sinais da vontade de Deus. E bem depressa terá que tomar uma decisão para proteger Jesus, porque Herodes procura matar o Menino. Em sonhos, o anjo do Senhor disse-lhe: «Levanta-te, toma o Menino e a sua Mãe, foge para o Egipto e fica lá até que eu te avise, pois Herodes procurará o Menino para o matar» (cf. Mt 2,13-14). E, na realidade, José foge para o Egipto com o Menino e a sua Mãe.
 
     De novo em sonho, José, no Egipto escuta a voz do anjo do Senhor e regressa à Palestina, fixando-se em Nazaré (cf. Mt 2,19s), onde ficará a morar com Jesus e Maria. Aí, Jesus crescerá em estatura, sabedoria e graça diante de Deus (cf. Lc 2,51). A partir desse momento, José nunca mais sairá do anonimato, não se sabendo sequer como e quando é que faleceu.
 
       
                                  

                     4.    Os pastores                            
            
 
     «Quando os anjos se afastaram deles em direcção aos céus,
os pastores disseram uns para os outros: Vamos a Belém ver o que aconteceu» (cf. Lc 2,15).
 


     Não foram nem os nobres da corte nem os sacerdotes do Templo os primeiros a receber a notícia sobre o nascimento de Jesus. Foram simples e rudes pastores que guardavam os seus rebanhos durante a noite nas redondezas. Pode parecer um facto estranho que assim tenha sido, mas só para quem lê distraído e sem profundidade os textos evangélicos. A imagem do pastor e do rebanho é precisamente a que é utilizada para descrever o relacionamento entre Deus e Israel, o seu povo eleito. Apesar de todos os seus defeitos e da pouca fama de que gozavam entre o povo, sobretudo entre os fariseus (que se consideravam os eleitos e os puros), os pastores simbolizam a vigilância e a disponibilidade, conseguindo descobrir e estar atentos àquilo que a outros passa despercebido.
 
     No conjunto do presépio, também os pastores são figuras importantes. E não se trata de personagens mudas. Recebem a revelação e vão transmiti-la a quem estiver disposto a escutar as suas palavras. Os pastores, depois de terem visto tudo o que lhes tinha sido anunciado, tornaram-se, por sua vez, «representantes» do povo de Israel, na medida em que espalham a notícia ao seu redor (pode ler-se, a esse propósito, com muito proveito, o Evangelho de Lucas, no capítulo, a partir do versículo oitavo).
 
 
 
                                                     

5.    Os Reis Magos
                  


                    
  
    A estrela que tinham visto no Oriente ia diante deles, até que,
chegando ao lugar onde estava o Menino, parou.
Ao verem a estrela, sentiram grande alegria, e, entrando em casa,
viram o Menino com Maria, sua Mãe (Mt 2,9b-11).

     Segundo o evangelista S. Mateus (Cf. 2,1-12), os Reis Magos são personagens que vieram do Oriente, guiados por uma estrela, para adorar o Deus Menino, em Belém. Costumam designar-se por «Reis», mas o texto evangélico não diz nem que eram reis nem que eram três. A designação «Mago» era dada, entre os Orientais, à classe dos sábios ou eruditos. Já o apelido de «Reis» foi-lhes atribuído em virtude da aplicação que se lhes fez do Salmo 72 (71),10: «Os reis de Társis e as ilhas pagar-lhe-ão tributo. Os reis de Sabá e de Seba oferecer-lhe-ão presentes».
     Ignora-se a providência dos Reis Magos, mas supõe-se que fossem da Arábia, tendo em conta os dons oferecidos (ouro, incenso e mirra). Quanto ao número três (talvez devido ao facto de terem oferecido três géneros de presentes) e quanto aos nomes dos Magos, são tudo suposições sem base histórica. Nada disso se encontra nos Evangelhos. Aliás, há que acrescentar que foi uma tradição posterior aos Evangelhos que lhes atribuiu os nomes de Baltasar, Gaspar e Melchior.
     O dia de Reis celebra-se a 6 de Janeiro, por se ter partido do suposto que foi neste dia que os Reis Magos chegaram finalmente junto ao Menino Jesus. Mas também isso não passa de pura suposição. Muito mais importante que os dados concretos que se possam recolher, é o significado teológico da visita dos chamados Reis Magos (que é um episódio exclusivo do evangelista S. Mateus).
     A primeira lição a retirar de todo o episódio de Mateus é que a salvação trazida por Jesus destina-se a todos os povos, representados pelos Magos vindos do Oriente. Não é alheio à mensagem de Mateus o facto de pessoas «pagãs» reconhecerem o Messias antes daqueles que teriam obrigação de o reconhecer imediatamente (os judeus, incluindo Herodes e toda a sua corte).
     Uma atitude importante realçada é também o facto de estes Reis Magos se terem prostrado em adoração diante do Menino, prestando-lhe culto. Reconhecem-no como soberano e oferecem-lhe uma adoração que só se atribuía a Deus. O que significa que o evangelista lança mão deste «estratagema» para dizer aos seus leitores que este Menino não é um menino qualquer.
     Por seu lado, os dons oferecidos estão a sublinhar também essa condição especial do Menino que acaba de ser homenageado. O ouro, considerado o metal perfeito, é símbolo da imortalidade e da realeza; o incenso é símbolo da oração que que sobe até ao céu e, por isso, implicitamente, está a indicar que Aquele a quem é oferecido é equiparado à própria divindade; a mirra, utilizada para embalsamar os cadáveres, pode ser uma alusão ao facto de aquele Menino ser perfeitamente homem.


Com certeza que sabe que...


* O Natal não é apenas o dia 25 de Dezembro. A quadra natalícia estende-se por 12 dias que se situam entre o Natal, incluindo a noite de 24 de Dezembro, e o dia de Reis. Já era assim na Idade Média;
* Os postais de Natal surgiram por volta de 1844;
* Os pratos de Natal têm origem na Idade Média;
* Em alguns países são atribuídos nomes às renas que puxam o trenó do Pai Natal. Na tradição anglo-saxónica existem oito renas: Dasher, Dancer, Prancer, Vixen, Comet, Cupid, Donder e Blitze.

domingo, 4 de dezembro de 2011

O natal!


A Igreja em sua missão de ir pelo mundo levando a Boa Nova quis dedicar um tempo para aprofundar, contemplar e assimilar o Mistério da Encarnação do Filho de Deus; conhecemos este tempo como o Natal. Perto da antiga festa judaica das luzes e buscando dar um sentido cristão às celebrações pagãs do solstício de inverno, a Igreja aproveitou o momento para celebrar o Natal.
Nesse tempo os cristãos por meio do Advento se preparam para receber o Cristo, luz do mundo" (Jo 8, 12) em suas almas, retificando suas vidas e renovando o compromisso de segui-lo. Durante o Tempo de Natal assim como no Tríduo Pascal da semana Santa celebramos a redenção do homem graças à presença e entrega de Deus; mas diferentemente do Tríduo Pascal em que recordamos a paixão e morte do Salvador, no Natal recordamos que Deus se fez homem e habitou entre nós.
Assim como o sol afasta a trevas durante a alvorada, a presença de Cristo irrompe nas trevas do pecado, do mundo, do demônio e da carne para mostrar-nos que é o caminho a se seguir. Com sua luz nos mostra a verdade de nossa existência. Cristo é a vida que renova a natureza caída do homem e da natureza. O Natal celebra essa presença renovadora de Cristo que vem salvar o mundo.
A Igreja em seu papel de mãe e mestre por meio de uma série de festas busca conscientizar o homem deste fato tão importante para a salvação de seus filhos. Por isso, é necessário que todos os fiéis vivamos com reto sentido a riqueza da vivência real e profunda do Natal.
Por último, é necessário recordar que durante o Natal celebramos em três dias consecutivos, 26, 27 e 28 de dezembro, três festas que nos fazem presente a entrega total ao Senhor:

Natal é tempo de...


O tempo que antecede o Natal hoje não é mais um “tempo de silêncio”, pelo contrário, as pessoas estão em atividades frenéticas em meio a compras, vendas, preparativos para festas e jantares. Mas “as tradições populares da fé não desapareceram, muitas foram renovadas, aprofundadas, transmitidas. E assim se criam ilhas de alma, de silêncio e de fé, ilhas para o Senhor no nosso tempo, e isso me parece muito importante”, destacou o Papa Bento XVI na noite desta sexta-feira, 3.

“Esperamos que também no futuro esta força da fé, a sua visibilidade permaneça e ajude a caminhar em frente, como quer o Advento, em direção ao Senhor”, concluiu o Papa

Evangelho do Domingo

domingo, 27 de novembro de 2011

Advento, a realização e confirmação da Aliança



Começamos novo Ano Litúrgico e um novo ciclo da liturgia com o Advento, tempo de preparação para o nascimento de Jesus Cristo no Natal. É hora de renovação das esperanças, com a advertência do próprio Cristo, quando diz: “Vigiai!”, para não sermos surpreendidos.

A chegada do Natal, preparado pelo ciclo do Advento, é a realização e confirmação da Aliança anunciada no passado pelos profetas. É a Aliança do amor realizada plenamente em Jesus Cristo e na vida de todos aqueles que praticam a justiça e confiam na Palavra de Deus.

Estamos em tempo de educação de nossa fé, quando Deus se apresenta como oleiro, que trabalha o barro, dando a ele formas diversas. Nós somos como argila, que deve ser transformada conforme a vontade do oleiro. É a ação de Deus em nossa vida, transformando-a de Seu jeito.

Neste caminho de mudanças, Deus nos deu diversos dons conforme as possibilidades de cada um. E somos conduzidos pelas exigências da Palavra de Deus. É uma trajetória que passa pela fidelidade ao Todo-poderoso e ao próximo, porque ninguém ama a Deus não amando também o seu irmão.

O Advento é convocação para a vigilância. A vida pode ser cheia de surpresas e a morte chegar quando não esperamos. Por isso é muito importante estar diuturnamente acordado e preparado, conseguindo distanciar-se das propostas de um mundo totalmente afastado de Deus.

Outro fato é não desanimar diante dos tipos de dificuldades e de motivações que aparecem diante nós. Estamos numa cultura de disputa por poder, de ocupar os primeiros lugares sem ser vigilantes na prestação de serviço. Quem serve, disse Jesus, é “servo vigilante”.

Confiar significa ter a sensação de não estar abandonado por Deus. Com isso, no Advento vamos sendo moldados para acolher Jesus no Natal como verdadeiro Deus. Aquele que nos convoca a abandonar o egoísmo e seguir Jesus Cristo.

Preparar-se para o Natal já é ter a sensação das festas de fim de ano. Não sejamos enganados pelas propostas atraentes do consumismo. O foco principal é Jesus Cristo como ação divina em todo o mundo.

Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo de São José do Rio Preto.

sábado, 19 de novembro de 2011

Cristo Rei


Optar por Cristo é a decisão mais inteligente que qualquer pessoa possa fazer
No último Domingo do Ano litúrgico, a Igreja celebra a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do universo. O clima de encerramento do Ano Litúrgico é ocasião de revermos a nossa vida sob o prisma da salvação. Mas é, sobretudo, momento de conside­rar que o amor recebido de Deus e partilhado com os irmãos, sobretudo os mais necessitados, é a nossa garantia de salvação. A Igreja do Brasil inicia hoje a Campanha para a Evangelização, cujo intuito é possibilitar melhores condições de levar avante a sua missão

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

onde está o sal?


Onde esta o sal?

 
Era uma vez um velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d'água e bebesse.
- Qual é o gosto? - perguntou o Mestre.
- Ruim, disse o aprendiz.

O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.
Os dois caminharam  em silêncio  e o jovem jogou o sal no lago. Então o velho disse:
- Beba um pouco dessa água.
Enquanto a água escorria do queixo do jovem, o Mestre perguntou:
- Qual é o gosto?
- Bom! disse o rapaz.
- Você sente  o gosto do sal? perguntou o Mestre.
- Não disse o jovem.
O Mestre então, sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse:
- A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta. É dar mais valor ao que você tem, do que ao que você perdeu'. Em outras palavras: É  deixar de ser copo para tornar-se um lago.
Reflexão. Muitas pessoas, diante do sofrimento, de uma perda, de uma dor maior, ficam como copo e sofrem mais. É preciso ir além, buscar forças no Senhor e tornar-se um lago olhando as maravilhas de Deus em todas as dimensões de nossa vida para uma melhor superação do sofrimento. Pense nisso.
Fonte: www.diocesedemarilia.org.br
Por: pe. Valdo (padre.valdo@uol.com.br)

Como se vestir para ir na Igreja Católica?

O Vaticano nos dá a resposta.
Todos nós sabemos que o Vaticano tem regras severas sobre o vestuário, tanto em São Pedro quanto nos Museus
As pessoas não podem andar trajando roupas curtas (saias ou shorts acima do joelho), nem decotadas ou sem mangas, ombros expostos ou costas de fora (regra que deveria ser seguida em todos os Templos da Igreja Católica).
É lamentavel que precisemos ainda nos dias de hoje mostrar como as pessoas devem se portar na igreja. Ai fica a pergunta: Por que?
Tomara Deus os católicos se conscientizem de sua importância e da importância do seu Corpo como Templo do Espírito Santo, da importância da Eucaristia e comecem a vestir-se de forma digna, de forma que desmonstrem que são filhos e filhas de Deus.
Homens: Nada de bermuda, chapéu e camisa sem manga na Igreja.Coloquem calças e camisas com manga (simples ou comprida)
Mulheres: Nada de tomara-que-caia, decote, costas nuas, ombros e barriga à mostra, mini-saia ou shorts curtos na Igreja. Coloquem saias, calças ou bermudas que sejam, pelo menos, até o joelho e camisas com manga e sem decotes, sem costas nuas.
observação fiz algumas auterações no texto no que se refere a questão do analfabeto, pois a informação quanto a esse significado estava erronea. 

Você costuma agradecer?



Quantas vezes você já comeu hoje? — Sabe quem preparou essas refeições? — Talvez tenha sido a sua mãe ou outra pessoa. Mas por que devemos agradecer a Deus pela comida? — Porque é Deus quem faz crescer as plantas que dão alimentos. Mas devemos agradecer também a quem preparou a refeição e a quem a serviu para nós.
Às vezes, nos esquecemos de agradecer quando outros fazem coisas boas para nós, não é? Quando o Mestre estava na Terra, alguns leprosos se esqueceram de agradecer.
Sabe o que é um leproso? — Leproso é quem tem a doença chamada lepra. Essa doença pode até fazer com que caiam pedaços de algumas partes do corpo da pessoa. Quando Jesus vivia na Terra, os leprosos tinham de morar separados das outras pessoas. Caso visse alguém se aproximando, o leproso tinha de falar bem alto e avisar a pessoa para não chegar perto. Fazia isso para que a outra pessoa não chegasse perto demais e pegasse lepra.
Jesus era muito bom para os leprosos. Certo dia, a caminho de Jerusalém, Jesus passou por uma cidadezinha. Quando se aproximava dela, dez leprosos saíram para encontrá-lo. Eles ficaram sabendo que Jesus tinha o poder de Deus para curar todo tipo de doença.
Os leprosos não chegaram perto de Jesus. Ficaram olhando de longe. Mas acreditaram que Jesus podia curar a lepra. Por isso, quando os leprosos viram o Mestre, chamaram bem alto: ‘Jesus, Rabi, ajude-nos!’
Você tem pena dos doentes? — Jesus tinha. Ele sabia que era muito triste ter lepra. Por isso, disse aos leprosos: ‘Vão e se mostrem aos sacerdotes.’ — Lucas 17,11-14.
Por que Jesus mandou que fizessem isso? Foi por causa da lei que Deu tinha dado ao Seu povo sobre os leprosos. A lei dizia que o sacerdote de Deus tinha de olhar a pele do leproso. Só o sacerdote podia dizer se ele estava totalmente curado. Se ficasse bom, o leproso podia voltar a viver com as pessoas saudáveis. — Levítico 13,16.17.
Mas aqueles leprosos ainda estavam doentes. Será que foram ver o sacerdote como Jesus lhes mandou? — Sim, eles foram imediatamente. Devem ter acreditado que Jesus ia acabar com a doença deles. O que aconteceu?
Bem, quando estavam indo ver o sacerdote, a doença desapareceu. Ficaram curados. Estavam completamente sãos! Eles foram ajudados porque acreditaram no poder de Jesus. Como ficaram felizes! Mas o que deviam fazer para mostrar seu agradecimento?
O que você teria feito? —
Um dos homens que foi curado voltou até Jesus. Ele começou a dar glória a Deus, dizendo coisas boas sobre Deus. Isso era correto porque o poder para curá-lo tinha vindo de Deus. O homem também se ajoelhou aos pés do Mestre e agradeceu-lhe. Ficou muito grato pelo que Jesus fez.
Mas e os outros nove homens? Jesus perguntou: ‘Foram dez os leprosos curados, não foram? Onde estão os outros nove? Só um voltou para dar glória a Deus?’
Isso mesmo. Só um dos dez voltou para dar glória, ou louvar, a Deus e para agradecer a Jesus. E esse homem era de outro país; ele era samaritano. Os outros nove homens não agradeceram nem a Deus nem a Jesus. — Lucas 17,15-19.
Você quer ser igual a quem? Queremos ser como o samaritano, não queremos? — Então, quando alguém fizer algo de bom para nós, temos de nos lembrar de fazer o quê? — De agradecer. Muitas pessoas se esquecem de dizer “obrigado”. Mas o certo é agradecer. Quando fazemos isso, Deus e seu Filho, Jesus, ficam felizes.
Se pensar um pouco, vai ver que as pessoas fazem muitas coisas por você. Por exemplo, já ficou doente? — Talvez nunca tenha ficado tão doente quanto os dez leprosos, mas quem sabe teve um resfriado forte ou uma dor de estômago. Quem cuidou de você? — Talvez tenham lhe dado remédios ou feito outras coisas para você. Ficou contente de terem lhe ajudado a melhorar? —
O samaritano agradeceu a Jesus por curá-lo e Jesus ficou contente com isso. Acha que sua mãe ou seu pai vão ficar felizes se você agradecer as coisas que eles fazem para você? — Vão ficar, sim.
Algumas pessoas fazem coisas boas para você todo dia ou toda semana. Talvez esse seja o trabalho delas. Muitas têm prazer em fazer isso. Mas talvez você nunca tenha agradecido a elas. Por exemplo, sua professora tem de se esforçar bastante para ajudar você a entender a matéria. É o trabalho dela. Mas ela vai ficar feliz se você agradecer a ajuda que ela lhe dá.
Às vezes, as pessoas fazem coisas pequenas para a gente. Alguém já segurou a porta para você passar? Ou já lhe passaram a comida durante o jantar? É bom dizer “obrigado”, mesmo por essas coisas pequenas.
Se nos lembrarmos de agradecer às pessoas na Terra, é mais provável que nos lembremos de agradecer também ao nosso Pai celestial. E quantas coisas temos para agradecer a Deus! Ele nos deu a vida e todas as coisas boas que tornam a vida agradável. Por isso, temos motivos de sobra para dar glória a Deus, falando bem dele todos os dias.
Sobre a questão de agradecer, leia Salmo 92,1; Efésios 5,20; Colossenses 3,17 e 1 Tessalonicenses 5,18
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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Com células-tronco adultas pode. Embrionárias, não!


fonte:http://gruporenascer-rcc.blogspot.com

Vaticano investe um milhão de euros em apoio a pesquisas em células tronco ADULTAS

Vatican Insider

“Put your money where your mouth is”, recita um ditado norte-americano. Poderia ser traduzido mais ou menos como “faça o que as suas palavras dizem”. E parece que o Vaticano, em uma questão de fronteira e controversa como a pesquisa com células-tronco adultas, decidiu seguir precisamente essa linha.

O Vaticano organizou,colaborção com a empresa farmacêutica NeoStem, um congresso internacional de três dias sobre os aspectos médicos, filosóficos e culturais da “medicina regenerativa”, baseada em células-tronco derivadas dos tecidos de pessoas adultas.

Mediante a fundação Stoq International, com sede nos EUA, o Conselho Pontifício para a Cultura decidiu financiar com um milhão de euros as atividades da NeoStem e da fundação Stem for Life, organização sem fins lucrativos criada pela empresa para sensibilizar a opinião pública sobre as células-tronco adultas.
Por enquanto, explicou o Pe. Tomasz Trafny, diretor do escritório Ciência e Fé do dicastério vaticano e da Stoq, o dinheiro, pelo menos por enquanto, não vai apoiar a verdadeira atividade de pesquisa com células-tronco, mas sim atividades de caráter cultural, como o congresso que inicia nesta semana em Roma.
“Mas no futuro – acrescentou – não excluímos apoiar nenhuma atividade de pesquisa particular”, sempre tendo em mente que o Vaticano não tem laboratórios e que “a nossa tarefa é formar os sacerdotes e os católicos” sobre temas tão delicados e complexos.
O envolvimento econômico do Vaticano nasce, explicou o Pe. Trafny, do pedido explícito de alguns dos doadores da fundação, que queriam que o seu dinheiro fosse destinado a esse objetivo.

O que o Vaticano está fazendo não é um investimento, e a fundação Stoq Internacional não comprou ações da NeoStem (ela está listada na bolsa de Nova York). Ao contrário, o cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Conselho Pontifício para a Cultura, remeteu o financiamento vaticano à “gloriosa tradição” do “mecenatismo”.
O Vaticano, de fato, acredita muito nas potencialidades – não só médicas – das células-tronco adultas. É a oportunidade – para uma Igreja muitas vezes acusada de obscurantismo e de ser “inimiga” da ciência – para se colocar na primeira fila de um setor de vanguarda, mostrando com os fatos como o progresso científico não está em conflito com o respeito daqueles que, para a fé católica, são as insuperáveis “estacas” éticas da atividade humana.

Para fazer isso, o Conselho Pontifício para a Cultura também pôr de lado as dúvidas de quem se perguntava se era o caso de colocar o Vaticano ao lado de uma empresa com fins lucrativos como a NeoStem e se não seria melhor escolher como parceira, por exemplo , uma universidade. “Uma pesquisa deste tipo – explicou o cardeal Ravasi – precisa de fundos ingentes que não podem vir apenas de entidades de caráter social e cultural”.
Ou melhor, ele sugeriu, a partir desse acordo, também pode surgir um incentivo para aItália – país em que, como se sabe, o setor privado investe muito pouco em pesquisa.
Para o Vaticano, não foi fácil encontrar o parceiro certo para um projeto de longo prazo, que fosse além do financiamento ocasional de um evento. Sobretudo porque, ressaltou oPe. Trafny, “o nosso objetivo não é correr atrás da ciência, mas sim analisar o que a ciência poderá fazer amanhã”.
O fato de a Igreja ter entrado em campo tão resolutamente em favor das células-tronco adultas levantou muitas reações no mundo científico. O debate sobre o potencial das células-tronco embrionárias em comparação às adultas está aceso, e há quem olhe com desconfiança para o compromisso vaticano.
Por exemplo, no seu blog, Paul Knoepfler, da Universidade da Califórnia em Davis, se pergunta por que o Vaticano optou por se focar na NeoStem – uma empresa cujo desempenho na bolsa nos últimos tempos foi tudo menos róseo, em parcial tendência contrário em comparação com outras empresas do setor.
“A minha principal preocupação – escreveu – sobre essa conferência e sobre o envolvimento do Vaticano na pesquisa com células-tronco é que isso será usado como plataforma para atacar as células-tronco embrionárias e para ‘lançar’ a pesquisa com as adultas”.
Mas, provavelmente, um dos objetivos do Vaticano é justamente esse, embora o  Conselho Pontifício para a Cultura, explicou o Pe. Trafny, não queira participar de uma guerra cultural, mas sim evitar que ela exploda.
 
 

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Aos jovens da Comunidade Nossa Senhora da Assunção. Força sempre!


Ninguém te despreze por seres jovem. Ao contrário, torna-te modelo para os fiéis, no modo de falar e de viver, na caridade, na fé, na castidade. 13 Enquanto eu não chegar, aplica-te à leitura, à exortação, ao ensino. 14 Não negligencies o carisma que está em ti e que te foi dado por profecia
Tm 4, 12 - 16

Rsrsrsrs

Nós somos honestos?


publicação : Revista Seleções

Depois do almoço, enquanto caminhava de volta para o trabalho por uma rua arborizada nos arredores da Av. Paulista, em São Paulo, Denis Martins passa por um celular abandonado. O telefone está tocando. O técnico de informática de 26 anos pára e atende. "É, você deixou o aparelho em cima de uma mureta", diz à mulher no outro lado da linha. "Onde você está?"

Agradecida, a dona lhe diz estar a três quadras dali. Pouco depois, Denis a encontra e lhe entrega o celular.

Em outra parte do mundo, numa praça do agitado Soho, no centro de Londres, outro celular foi largado próximo a uma estátua do rei Carlos II. Ali perto, um homem de casaco preto, 20 e poucos anos, dá migalhas de pão aos pombos. Ele espera passar um grupo de turistas e pega o celular. Olhando para os lados, desaparece apressado na movimentada Oxford Street. Não liga para nenhum dos números armazenados no aparelho, e o dono nunca mais vê o celular.

Na capital húngara, Budapeste, Ildikó Juhász, pensionista, de aparência jovem, encontra outro celular tocando, dessa vez num shopping. Pega o aparelho, fala com a mulher que o perdeu e espera num banco até que ela venha buscá-lo. “Eu devolvo tudo o que acho”, diz Ildikó. "Certa vez, encontrei uma carteira de identidade e passei uma semana procurando o dono."

Em cada um desses casos, quem "esqueceu" o telefone não era uma pessoa comum descuidada, mas um pesquisador do Reader’s Digest que realizava uma experiência. Em julho de 2006, fomos manchete no mundo inteiro ao avaliarmos a gentileza das pessoas (Afinal, o brasileiro é bonzinho?). Este ano, decidimos testar a honestidade mundial, enviando repórteres às cidades mais populosas de 32 países, para que "abandonassem" ao todo 960 celulares, de preço médio, em locais públicos movimentados.

Nós ficávamos observando o celular a distância, ligávamos para ele e esperávamos para ver se alguém atenderia e o devolveria, se ligaria mais tarde para os números que havíamos gravado no aparelho, ou se ficaria com o telefone. Afinal, eram celulares tentadores, novinhos em folha, com cartões SIM que permitiriam às pessoas usá-los, caso decidissem ficar com eles.

Depois, classificamos a honestidade de cada lugar pesquisado, de acordo com a quantidade de telefones devolvidos. Não foi um estudo científico, mas um retrato do comportamento de pessoas comuns quando inusitadamente confrontadas com uma possibilidade de escolha: tento devolver o telefone ou fico com ele para mim? O que descobrimos foi surpreendente.

A Eslovênia pode ser um país jovem – ficou independente da Iugoslávia em 1991 e só em 2004 entrou para a União Européia –, mas as pessoas da capital, Liubliana, têm uma noção bem tradicional de cidadania. Digna de cartão-postal, essa cidadezinha localizada nos contrafortes dos Alpes era de longe a menor da pesquisa, com apenas 267 mil habitantes. Talvez por isso tenha terminado em primeiro lugar na disputa de honestidade. Da freira no ponto de ônibus ao jovem garçom na cafeteria – que também devolveu a jaqueta de couro que nosso repórter acidentalmente esqueceu –, as pessoas foram quase todas exemplares, com apenas um dos nossos 30 telefones não devolvido.

Será que os cidadãos de uma cidade muito maior, com todo o estresse e a correria, conseguiriam ser honestos assim? As pessoas de Toronto (com 5,4 milhões de habitantes), no Canadá, chegaram perto, devolvendo 28 dos 30 telefones que perdemos lá. "Se podemos ajudar o próximo, por que não?", perguntou o corretor de seguros Ryan Demchuk, 29 anos, que devolveu o celular encontrado próximo a uma agência bancária, numa estação de metrô. "A integridade nesta cidade é incrível. Eu perdi a carteira, e me devolveram. E já devolvi duas carteiras em uma semana."

Seul, na Coréia do Sul, ficou em terceiro lugar no nosso ranking, seguida de Estocolmo, na Suécia, onde, para as pessoas com quem conversamos, fazer o certo era parte da vida cotidiana. A inspetora de passagens de trem Lotta Mossige-Norheim encontrou o celular numa rua e o devolveu: "Estou sempre ligando para pessoas que deixaram aparelhos no trem", disse.

Algumas pessoas ficaram surpresas, quando, no ano passado, Nova York terminou entre os primeiros na nossa classificação global de boas maneiras, mas os nova-iorquinos provaram que não se tratava de um episódio isolado. Nova York ficou em quinto lugar este ano, empatando com Mumbai, na Índia, e Manila, nas Filipinas. Em cada uma, 24 dos 30 telefones foram devolvidos.

Antes de pegar o celular e falar conosco, o técnico Derrick Wolf, 25 anos, cutucou com o pé o aparelho que havíamos deixado próximo a um chafariz no Central Park, em Nova York. "Achei que podia ser uma bomba", explicou. "O medo pode impedir alguns nova-iorquinos de pegar um celular estranho, mas a maioria é bem honesta."

Em Mumbai, os habitantes foram tão ávidos em demonstrar integridade que, quando um homem pegou o telefone que deixamos num armazém e informou ao proprietário do estabelecimento, Manoj Patil, que ficaria com o aparelho, este mobilizou um grupo de amigos para buscar o sujeito numa loja de roupas ali perto, onde ele era vendedor, e levá-lo de volta ao armazém para enfrentar as conseqüências do seu ato. "Eu ia devolver o telefone", disse o homem, tentando convencer nosso repórter, enquanto um grupo de pessoas encolerizadas o repreendia por seu comportamento.

"Então por que o desligou?", perguntou o repórter. O homem soltou uma risada constrangida e fugiu.

Empatadas em último lugar ficaram a capital da Malásia, Kuala Lumpur, e Hong Kong, com apenas 13 de nossos 30 celulares devolvidos.

No shopping Times Square, em Causeway Bay, Hong Kong, um segurança pegou o telefone, perguntou a um grupo de pessoas que fumavam se pertencia a algum deles e, em seguida, o enrolou num papel. Quando nosso repórter o abordou, o homem disse: “Que telefone? Não vi telefone algum. Se você perdeu alguma coisa, vá à central de Achados e Perdidos.” Enquanto falava, apertava o celular na mão.

De fato, parece que nem sempre podemos confiar nos homens fardados, pois este foi apenas um dos seis seguranças de shoppings, em diferentes partes do mundo – de Buenos Aires a Sydney –, que nossos repórteres viram embolsando aparelhos. Mas o fato de todos os policiais que encontramos terem agido com honestidade (inclusive em São Paulo, onde não se confirmou a idéia de corrupção generalizada dos policiais brasileiros) nos tranqüiliza.

Em Bucareste, Romênia – empatada em último lugar com Amsterdã no ranking europeu, com 16 telefones não devolvidos –, um homem de seus 30 anos, vestindo casaco azul, mostrou-se particularmente ávido em ficar com o celular que deixamos num carrinho de supermercado. Desligou o aparelho enquanto nosso repórter tentava ligar, correu para o carro, pisou fundo no acelerador e saiu do estacionamento cantando pneu. Na verdade, parece haver necessidade de uma força maior para incentivar a honestidade na capital romena. A Sra. Stanciu Vica, de 68 anos, foi uma das várias pessoas que mencionaram a religião ao explicar por que nos ajudaram. "Como eu poderia ficar com algo que não era meu?", perguntou. "Deus me transformaria em pedra!"

Riqueza não foi garantia de honestidade. Na próspera Nova Zelândia, uma mulher bem-vestida, de seus 50 anos, pegou o celular "perdido" numa prateleira da loja de departamentos Smith and Caughey’s, na sofisticada Auckland, desceu a rua às pressas e jamais tentou contatar nosso repórter. No entanto, uma jovem, que parecia quase miserável e trazia três filhos a reboque, devolveu o aparelho que encontrou no Parque Ibirapuera, em São Paulo. "Posso não ser rica", ela disse, "mas meus filhos vão saber o valor da honestidade."

Em muitos países, as pessoas pensavam que os jovens se comportariam pior do que os mais velhos. Mas descobrimos que jovens são tão honestos quanto os idosos. No centro de alimentação da Plaza Universidad, na Cidade do México, um casal grisalho, por volta dos 70 anos, passou pelo celular, e em seguida o homem voltou para pegá-lo. O casal ignorou a ligação do repórter e fugiu o mais rápido possível por uma escada rolante.

Mas no Harlem, em Nova York, um jovem pegou o telefone no chão e combinou de encontrar nosso repórter numa esquina aquela noite. Johnnie Sparrow, 16 anos, estava acompanhado de um grupo de meninos negros mais novos, que claramente o respeitavam. Quando o repórter lhes contou sobre o teste secreto que havíamos realizado com seu líder, Johnnie orgulhosamente lhes disse: "Eu fiz o certo."

As mulheres se mostraram ligeiramente mais propensas a devolver o celular do que os homens. "As mulheres costumam buscar oportunidades de melhorar as relações, e a boa ação é uma maneira de fazer isso", observa Terrence Shulman, advogado e fundador do Centro Shulman para Tratamento de Roubo e Gastos Compulsivos (Shulman Centre for Compulsive Theft and Spending), em Franklin, Michigan. "Elas também são menos propensas a ter inclinação criminosa."

No mundo todo, a razão mais comum que as pessoas nos deram para devolver o telefone foi que elas também haviam perdido algum objeto de valor e não queriam que outros passassem pelo que tinham passado. "Já me roubaram o carro três vezes, e até levaram minha roupa limpa da lavanderia do prédio", disse Kristiina Laakso, 51 anos, que nos ajudou em Helsinque.

O agente imobiliário Lewis Lim devolveu nosso celular "esquecido" no distrito financeiro de Cingapura, em vez de deixá-lo sob risco de ser encontrado por alguém menos escrupuloso. “Quando perdi um celular, recebi uma mensagem da pessoa que o encontrou dizendo que eu teria de pagar 200 dólares para recebê-lo de volta. Agora nem ouso usar aparelhos caros.”

Outros cidadãos conscienciosos sabiam da importância que o telefone pode ter, independentemente do preço, por causa das informações pessoais que ele contém. Yann, mensageiro que encontrou o celular perto do Banco HSBC, em Paris, explicou: "Certa vez, achei um celular lindo que era de uma autoridade da embaixada egípcia. Estava cheio de números de pessoas importantes, e claro que devolvi."

A influência dos pais teve peso para alguns. "Meus pais me ensinaram que, se algo não é meu, não devo pegá-lo", disse Muhammad Faizal Bin Hassan, empregado de um complexo comercial de Cingapura, onde atendeu à nossa ligação.

Ao verem o telefone, muitos adultos acompanhados de crianças ficavam ansiosos para mostrar aos mais jovens como se comportar. Em São Paulo, Claudir Roberto de Miranda, 39 anos, estava com os dois filhos quando atendeu à nossa chamada e confirmou ter encontrado o celular em cima de uma estátua, no Parque Ibirapuera. "Fico feliz que meus filhos estejam aqui para ver isso. Espero que lhes sirva de bom exemplo", comentou.

Nem todos, porém, estavam tão preocupados em causar uma boa impressão aos filhos. Em Amsterdã, um menino holandês de seus 10 anos implorou aos pais que o deixassem ficar com o celular encontrado na Kalverstraat. Eles pareceram hesitar, mas, depois que o menino deu um beijo no rosto da mãe e abriu um sorriso, os dois cederam.

Mas como podemos avaliar o planeta Terra no nosso teste de honestidade?

Em todos os lugares aonde fomos, os repórteres ouviram muito pessimismo sobre as chances de recuperarmos os telefones. "A desonestidade tomou conta da Alemanha", reclamou Doreen, vendedora de Berlim. Muitos tailandeses que entrevistamos em Bangcoc achavam que teríamos sorte se revíssemos metade dos telefones. Os repórteres de Milão estavam certos de que os italianos seriam "embusteiros demais" para devolver os aparelhos. Os moradores da Cidade do México disseram que a má economia levaria as pessoas a agir com egoísmo. E, no entanto: dos 30 celulares, 21 foram devolvidos em Berlim e Bangcoc; e 20 em Milão e na Cidade do México.

No total, 654 celulares – animadores 67% – foram devolvidos. "Apesar do que nos diz a mídia, o crime não é a regra", afirma Paul Ekman, psicólogo da Universidade da Califórnia, autor de Emotions revealed (Emoções reveladas) e especialista em detecção de mentira. "As pessoas querem confiar e ser dignas de confiança."

Ferenc Kozma concordaria. Este húngaro de 52 anos, que antigamente trabalhava como mestre-de-obras, é sem-teto há seis anos, mas jamais lhe ocorreu ficar com o telefone que encontrou numa estação de trem, em Budapeste. Ele o entregou a um vendedor de jornais. “Podemos achar e perder objetos”, disse. “Mas nunca perdemos a honestidade.”

O mal-agradecido

Trabalhávamos em dupla. Eu "perdia" os celulares e a editora Liane Mufarrej fazia as ligações e "negociava" com os que tentavam nos devolver os aparelhos. Otimista e tarimbado pela pesquisa de honestidade de Seleções há dez anos, quando "perdemos" carteiras com dinheiro em dez cidades do país, achei que em uma manhã cumpriria a meta de perder dez celulares na região da Av. Paulista, em São Paulo. Mas a manhã chegava ao fim, e eu ainda carregava quatro celulares comigo. Sentei-me no banco de um ponto de ônibus movimentado e aguardei. Um ônibus parou. As pessoas ao meu lado se levantaram e eu, após olhar em volta furtivamente, deixei escapulir do bolso um dos celulares e saí. Quando já comemorava a "desova", ouço uma mulher gritando: "Você esqueceu o celular!" Para a pesquisa, esse não valeu. Fui buscar o aparelho disfarçando a expressão de contrariedade. A mulher, que fazia a boa ação do dia, ficou surpresa com a minha reação fria. Ainda ouvi um resmungo de "mal-agradecido", enquanto ela se afastava. Bem, eis meu pedido de desculpas.

Sérgio Charlab

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Não tenho tempo!


Murilo S. R. Krieger, scj
Arcebispo de São Salvador da Bahia 

O Eclesiastes é um interessante livro bíblico, do Antigo Testamento. Seu nome vem do grego e significa: o homem da assembleia; aquele que toma a palavra na sinagoga. Escrito em hebraico pelo ano 250 aC, esse livro comprova a influência da cultura grega na Judeia. Um tema atravessa, de modo especial, todos os seus capítulos: a precariedade das ocupações humanas. Tudo é “vaidade”, ou seja, tudo é neblina, fumaça e ilusão. Pessimista? Diria que não. Seu autor, um sábio ancião, quer instruir os jovens a viver com realismo e seriedade. É o que se conclui, por exemplo, com suas observações sobre o desenrolar do tempo: “Tudo tem seu tempo, há um momento oportuno para cada empreendimento debaixo do céu. Tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de colher a planta (…); tempo de chorar e tempo de rir” (Ecle 3, 1-2.4). A partir de suas observações, faço as minhas.
            Um dia, quando se escrever um livro sobre o nosso século, talvez se escolha como título: “A época dos homens sem tempo”. Afinal, nenhuma justificativa é tão usada como a da falta de tempo. Ninguém tem tempo. Nem os adultos (no telefone, depois de não ter ido à reunião: “Pois é, infelizmente não tive tempo…”), nem os jovens (ao professor na Faculdade: “Por que ainda não entreguei o trabalho? Tempo, falta de tempo!…” ) e até as crianças (à mãe, que pede ao filho para fazer um serviço: “Ah! Mãe, logo agora que não tenho tempo?”).
            Alguns não se dedicam a clubes de serviço porque não têm tempo. Outros não visitam seus parentes porque “não se tem mais tempo para nada”. Aquele jovem não estuda, este não trabalha e você nada lê porque lhes falta tempo. “Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas, como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos”, é a irônica observação da Raposa ao Pequeno Príncipe.
            A conclusão a que se chega – conclusão óbvia, clara, cristalina – é que há alguma coisa errada. Essa evidência se acentua quando se ouve a desculpa daqueles que cortaram, aos poucos, todo relacionamento com Deus, por um motivo muito simples: não têm tempo! “Gostaria de ir à missa, mas não tenho tempo. Desejaria ler o Evangelho, pensar nos outros, rezar, ser voluntário em algum hospital mas, infelizmente não tenho tempo”. Se o ser humano não tem mais tempo para cultivar sua amizade com o Pai ou para ir em direção a seus irmãos, alguma coisa está mesmo errada. Demos, pois, uma de pesquisador: procuremos o culpado por essa situação insustentável.
            Seria Deus? Afinal, foi Ele que deu o tempo ao ser humano. Mas, talvez lhe tenha dado pouco tempo: afinal, há tanto que fazer!… Contudo, convenhamos: seria um absurdo pensar assim. Ele certamente dá aos homens e mulheres o tempo suficiente para que possam fazer o que Ele quer. Mais: Ele só espera de cada pessoa o que ela tem condições de fazer.
            O problema da falta de tempo teria como causa o próprio ser humano? (De você, por exemplo?). Afinal, quem consegue realizar tudo o que gostaria? Dada à nossa insatisfação contínua, por mais que alguém aja, fale ou pense, sempre falta pensar, falar ou  fazer alguma coisa. Novos horizontes se abrem diante de cada caminho percorrido. O que fazer, então? (“Fazer mais alguma coisa ainda? Mas eu já disse que não tenho tempo!…”). Abra o Evangelho. Ouça o que Cristo tem a dizer sobre isso: “Marta, Marta, tu te preocupas com muitas coisas. E, contudo, uma só é necessária”. O que seria o essencial na vida, o único necessário? Deve se tratar, sem dúvida, de uma realidade que permaneça sempre, que não passe com o tempo, que continue a existir mesmo após a morte – que é, para cada um, o fim do tempo.
            Um dia, um doutor da lei perguntou a Jesus o que era mais importante – isto é, o que é que era essencial e resumia sua doutrina. A resposta do Mestre foi simples: o amor. O amor ao Pai e o amor aos irmãos. O resto, isto é, o que cada um vai fazer, pensar ou dizer,  será uma consequência de seu amor. Ora, se alguém não tem tempo nem para se doar, que pobreza! Talvez seria melhor não ter recebido tempo algum!…

NO mundo atual ainda se reza?



Para muitos Oração não é mais atividade necessaria, Será?
As preocupações do homem moderno parece que se deslocaram. Seu comportamento é de quem assumiu com as próprias mãos o destino de seus dias. Os humanos não contam mais com auxílio externo para ter sucesso nos seus negócios. Os seus planos, a sua inteligência, e a sua capacidade de trabalho são a chave da vitória de seus empreendimentos. A atual crise econômica mundial, no entanto, vem desmentir essas soberanas convicções.

O que acontece é que a grande motivação cristã da felicidade, na eternidade, foi puxada para baixo. As promessas de plenitude do nosso ser aterrissaram. Tudo o que de belo a fé nos garantia virou paraíso terrestre.

O comunismo – que tinha alguns ideais muito interessantes - pecou por essa razão: seu olhar se baixou para o horizonte exclusivo desta vida. Por isso, nos dias atuais, a população quer cuidar do corpo, porque pretende viver sempre, precisa estudar sem parar para estar em condições de competir com qualquer contendor. O corpo deve ficar cada vez mais belo e perfeito; sente-se a necessidade de enriquecer para ter todo conforto possível; deve aprender a evitar conflitos desnecessários com o semelhante, pois a caminhada vai ser longa; a religião é proposta como garantia de prosperidade...neste mundo. Então, “comei, bebei, inebriai-vos” (Ct 5, 1). A oração toma contornos surreais; não é mais uma atividade necessária.

No entanto, o vazio da vida, que teima em nos incomodar, só o deixamos de sentir em comunicação com nosso Deus e amigo. "Por ti, ó Deus, suspira a minha alma" (Sl 42,1). Sem referência ao Eterno somos pássaros de uma asa só


Jesus, o orante por excelência, nos mostrou que a atitude de busca pelo Pai se deve expressar no louvor, na humilde adoração, na gratidão. "Oferecei a Deus sacrifícios de louvor” (Am 4,5). É certo que, nós como Seus filhos, temos direito de pedir resultados para os nossos trabalhos. Mas Jesus selecionou – como forte sugestão – quais os pedidos, aos quais devemos dar preferência: que venha o Reino, que tenhamos o Espírito Santo e que se faça a vontade do Pai Criador.

Nada impede aos filhos acrescentar outras petições. O importante é nos aproximarmos desse Ser Amoroso, de cuja amizade depende a nossa realização.
Dom Aloísio R. Oppermann scj- Arcebispo de Uberaba
domroqueopp@terra.com.br

domingo, 6 de novembro de 2011

Onde estão os cristãos?

Ricardo Sá Canção Nova

Aprendi com padre Paulo Ricardo que é preciso olhar de frente o fato de que somos poucos, assim como eram poucos aqueles discípulos chamados por Jesus e como era Abraão um só, o pai de nossa fé.

Somos poucos, cada vez mais um resto, entretanto, necessitamos ser destemidos, presentes neste mundo, dispostos a salvá-lo com nosso testemunho e oração, acima de tudo.

Nada de medo! Somos poucos; mas somos a presença de Deus salvando este mundo!

Coragem! Estamos juntos! Ninguém está sozinho!

Com carinho e orações!

 blog.cancaonova.com/ricardosa.

Onde estão os cristãos?

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Luto...



“A morte como perda nos fala, em primeiro lugar, de um vínculo que se rompe de forma irreversível, sobretudo quando ocorre perda real e concreta. Nesta representação de morte estão envolvidas duas pessoas: uma que é ‘perdida’ e a outra que lamenta esta falta, um pedaço de si que se foi. O outro é em parte internalizado nas memórias e lembranças. A morte como perda evoca sentimentos fortes, pode ser então chamada de ‘morte sentimento’ e é vivida por todos nós. É impossível um ser humano que nunca tenha vivido uma perda. Ela é vivida conscientemente, por isso é, muitas vezes, mais temida do que a própria morte. Como esta última não pode ser vivida concretamente, a única morte é a perda, quer concreta, quer simbólica” (KOVACS, 1992).

É interessante avaliar o medo da morte como algo cultural, construído na forma como fomos criados, pois tocamos naquilo que é desconhecido, que um dia viveremos, mas não sabemos quando nem como. Falo de tudo isto, pois saber lidar com a morte é, na verdade, saber lidar com perdas diárias, mesmo que pequenas.

Estes sentimentos são similares, porque se perde o envolvimento afetivo e todas as conquistas que podem ser obtidas por meio daquele vínculo que se perdeu, como, por exemplo, o carinho, uma posição de destaque, o reconhecimento, a proximidade, a troca e tantos outros sentimentos e situações que deixam de ocorrer com a perda.

Elaborar o luto é viver os sentimentos tais como eles são: com choro, com reservas, com necessidade de falar; lidar com a raiva, o desapontamento e todas as formas com as quais a pessoa consiga manifestar, a seu tempo, tudo aquilo que sente. Pessoas de confiança e proximidade são muito importantes neste tempo, mas devem deixar que a pessoa também se manifeste. Frases como: “não chore, não seja fraco, ele não gostaria de te ver chorando” nem sempre ajudam, uma vez que a forma de manifestar a dor, em cada um de nós, é diferente. Como percebemos, viver o luto é um processo que, passo a passo, vai sendo superado. Em datas comemorativas – aniversário, Natal, Dia dos Pais, dentre outras, a pessoa será lembrada e os sentimentos em cada fase serão os mais variados. Apenas quando os sintomas negativos forem persistentes e duradouros demais, podemos pensar que a superação desta perda e suas etapas não foram bem vividas, tanto no mundo externo quanto interno da pessoa.

Se esses sintomas forem fortemente repetitivos, quando se aproximam essas datas este é um forte sinal de que a pessoa não está vivendo corretamente as etapas necessárias para a sua superação, tanto em seu mundo externo, quanto, principalmente, em seu mundo interno.

Em tudo, lembramos ainda que o conforto espiritual é muito importante e até mesmo diferencial em todas as situações que vivemos, especialmente no luto, pois a fé também é o alimento que nos sustenta nesta caminhada sem aquela pessoa que tanto amamos e de quem tanto sentimos falta. Sentir e vivenciar este processo doloroso é essencial para este momento de superação, ou seja, lembrar o que foi bom, perdoar as mágoas, não se culpar por aquilo que eventualmente não tenha feito pela pessoa que se foi e acima de tudo, viver esta dor partilhando com alguém, sem medo de chorar e colocar para fora o que sente e, desta forma, podendo superar esta etapa de vida.
Elaine Ribeiro
psicologia01@cancaonova.com

Elaine Ribeiro, Psicóloga Clínica e Organizacional, colaboradora da Comunidade Canção Nova.
Blog: temasempsicologia.wordpress.com
Twitter: @elaineribeirosp