domingo, 21 de dezembro de 2014

Papa expressa alegria pelo restabelecimento de relações diplomáticas entre Cuba e EUA



O papa Francisco manifestou satisfação em razão do restabelecimento das relações diplomáticas entre Cuba e Estados Unidos, após 53 anos. As relações haviam sido interrompidas em 1961. O anúncio da reaproximação entre os dois países foi feito na quarta-feira, diz 17, pelos presidentes Raúl Castro, de Cuba, e Barack Obama, dos Estados Unidos.

De acordo com nota divulgada quinta-feira, 18, pela Secretaria de Estado do Vaticano, Francisco havia escrito recentemente aos dois presidentes, convidando-os a resolver “questões humanitárias de interesse comum, entre as quais a situação de algumas pessoas detidas”. A Santa Sé recebeu no Vaticano, em outubro, delegações de ambos países e ofereceu-se para intermediar um diálogo construtivo sobre temas delicados, do qual nasceram soluções satisfatórias para as duas partes, lembra o comunicado.

A nota do Vaticano conclui afirmando que “a Santa Sé continuará a assegurar seu apoio às iniciativas que as duas nações tomarão para incrementar as relações bilaterais e favorecer o bem-estar dos respectivos cidadãos”.

“Obrigado, especialmente ao papa Francisco”, declarou Barack Obama em seu pronunciamento. O presidente cubano Raúl Castro também agradeceu os esforços do pontífice pela reaproximação entre Cuba e Estados Unidos, em mensagem divulgada em Havana. “Agradeço o apoio do Vaticano e do papa Francisco por ter contribuído para melhorar as relações entre Cuba e Estados Unidos”, diz a mensagem.

Nos Estados Unidos, a Conferência Episcopal considerou que o anúncio do governo Obama é encorajador, diante de ações que vão favorecer o diálogo, a reconciliação, o comércio, a cooperação e o contato entre as duas nações e seus cidadãos. “Cremos que este é o momento para os Estados Unidos estabelecerem relações diplomáticas plenas com Cuba”, afirmou por meio de comunicado a Conferência que representa os bispos norte-americanos.

A Conferência Episcopal de Cuba também manifestou em nota a gratidão ao papa, reconhecendo-o “como importante mediador”. Diz, ainda, esperar que a retomada do diálogo entre os países contribua para o bem-estar material e espiritual do povo cubano.

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