A eleição do Mágico
O povo do reino do Nada-se-leva-a-serio esta feliz. Haveria eleições. Seriam escolhidos os novos mágicos oficiais das províncias. Era um cargo muito cobiçado. Muitos o desejavam e, portanto, muitos eram os que se apresentavam como candidatos.
Depois de definidos os candidatos e as regras para a eleição, partiu-se para a campanha. Os candidatos corriam de aldeia, para exibir suas magias e convencer camponeses e urbanos de que suas mágicas eram infalíveis. Muitos queriam apreciar os mágicos . outros tornaram-se amigos particulares do candidato na esperança de que fizesse uma magia a seu favor.
Os mágicos, de fato, eram muito bons. Encantavam o povo.não havia magia que eles não prometessem que sabiam fazer. E davam muitas demonstrações que sabiam fazer. E davam muitas demonstrações: faziam aparecer dinheiro, desaparecer fatos, sumir desânimos e brotar esperanças. E não era só isso. Muitas magias eram prometidas para um futuro bem próximo, caso o povo votasse nele.
Finalmente, chegou o dia das eleições. O povo todo correu para eleger o mágico de sua província . os eleitos se alegravam, os derrotados choravam e acusavam os vencedores de terem usado a magia para se elegerem, o que não era de todo improcedente.
Mas, depois da eleição, o povo começou a observar uma coisa: os eleitos não mais falavam em magas, apenas brigavam entre si pela divisão dos aparelhos. Todos os que haviam ajudado na eleição queriam um aparelho para si e o povo foi para casa triste, esperando a próxima eleição, quem sabe, a do mágico do reino.
- Que posição você deve assumir diante se situações semelhantes à “eleição do mágico”?
- Esta história pode ser aplicada à nossa realidade?
- Você já vendeu seu voto em troca de favores? Que critérios você usa para escolher seus candidatos?
- Que critérios você usa para distinguir um bom ou um mau político?
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